Contestada, eleição na escola de samba Aparecida ainda pode ter desdobramentos

alexandre

No início do mês passado, o blog procurou o jornalista Saulo Borges para uma entrevista. Combinamos de enviar as perguntas por e-mail, mas ele não respondeu. Àquela altura, era o único candidato a presidente da escola de samba mais vencedora do Carnaval de Manaus, a Aparecida. Pouco depois do nosso contato, outra chapa foi lançada para concorrer com ele, liderada por Alexandre Macedo. Como não havíamos conseguido entrevistar um, não procuramos o outro. Agora, entretanto, um fator nos leva a entrar nessa disputa: os desdobramentos inesperados da eleição.

A chapa 2, liderada por Alexandre, recorreu do resultado da eleição, alegando que o estatuto da agremiação havia sido mudado para favorecer o candidato da situação, entre outras irregularidades. “”A relação de sócios-ouro, formada pelas pessoas que colaboraram de forma significativa com a escola, omitiu 170 nomes. Além disso, foram impedidos de votar os comunitários que não havia feito a biometria do Tribunal Regional Eleitoral, apesar do prezo ainda não ter terminado”, diz o opositor.

O desembargador João Simões indeferiu a liminar solicitada pelos opositores da atual diretoria.

No dia da eleição, a quadra da escola, palco da disputa, ficou fechada até as 12h30. Várias pessoas compareceram para votar pela manhã, mas não puderam exercer o direito. No edital que convocou o pleito, estava previsto que ele começaria às 8h. Os opositores também contestam a presença de pessoas ligadas à chapa de situação na mesa diretora dos trabalhos.

Outra contestação diz respeito à presidência do pleito, entregue ao juiz Mauro Antony. Segundo a chapa 2 ele é ritmista da escola e ligado à atual diretoria. “Não havia nenhum fiscal da chapa 2 dentro da sala onde foi realizada a eleição, ficando somente os deles. A ata da eleição foi entregue somente 96h após a realização do pleito. Um absurdo”, acrescenta Alexandre.

“O presidente Luiz Pacheco , em seis anos de mandato, entregou mais de 400 sócio-ouro, sendo que 178 estão irregulares (não citados na relação pedida pelo advogado). Por essas e outras razões, continuamos querendo a anulação do pleito”, conclui o opositor.

O blog se coloca mais uma vez à disposição de Saulo Borges para que ele dê a sua versão.

 

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