Este das fotos é o policial militar Francisco das Chagas Vieira Martins, de 30. Soldado da 30ª Cicom há cinco anos , ele sofreu um acidente e fraturou o fêmur durante uma perseguição a bandidos no bairro Cidade de Deus, há 12 dias. Está internado no leito 318 do Hospital Adriano Jorge e já desmarcaram a cirurgia três vezes .

Primeiro alegaram a grande demanda de pacientes a espera , depois que tinham que realizar uma ressonância e cintilografia óssea. A família teve que pagar para fazer o procedimento em clínica particular, pois pelo SUS só tinha vaga daqui a 30 dias. Apesar de já terem realizados os exames , mais uma vez o procedimento foi adiado com previsão pra talvez daqui a duas semanas, já que o centro cirúrgico está fechado em decorrência de greve dos funcionários, ocasionada pelo atraso no pagamento da cooperativa dos enfermeiros.

O desespero ainda é maior pelo fato dos familiares saberem que clinicamente e de acordo com a literatura médica, esse procedimento deve ser feito de preferência nos primeiros 15 dias apés a fratura, sob risco de sequelas graves, como atrofia muscular, deficiência permanente do membro e possível amputação.

É um herói anônimo, pelo qual o Estado deveria ter mais respeito.

A direção da Fundação Hospital Adriano Jorge informou em nota que a cirurgia está prevista para amanhã e que, em relação à paralisação de técnicos de enfermagem, houve um problema pontual na segunda-feira (29), ocasionando o adiamento de parte das cirurgias marcadas. A direção informa que o problema já está sendo sanado. As cirurgias estão sendo realizadas normalmente.