Cirurgia robótica, minimamente invasiva, já pode ser realizada em Manaus

A cirurgia robótica é uma modalidade de tratamento minimamente invasivo de alta tecnologia, que já pode ser realizada em pacientes de Manaus (AM), com alterações urológicas, através de cooperação técnica entre cirurgiões da Urocentro Manaus e médicos de unidades de referência situadas em São Paulo (SP). De acordo com o cirurgião urologista e presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Giuseppe Figliuolo, a abordagem é mais precisa, causa menos traumas nos tecidos humanos e garante rápida recuperação a quem é submetido a ela.

“Estamos apostando em uma metodologia que exige treinamento teórico e prático e que apresenta melhores resultados aos pacientes da nossa região. A cirurgia robótica já é uma realidade nos grandes centros do País e queremos que seja uma rotina para os pacientes do Amazonas, que buscam um tratamento com tamanha eficácia e segurança e que apresenta menos efeitos colaterais”, explicou.

O cirurgião, que tem quase 20 anos de experiência em uro-oncologia e é doutor em Saúde Coletiva, destaca que a abordagem robótica utiliza um sistema para controlar, com precisão, uma microcâmera e instrumentais introduzidos no paciente por meio de microincisões, que vão de 8 a 13 milímetros. Portanto, reduzem significativamente o sangramento durante o processo, já que causam menos trauma à região afetada.

“As pessoas têm curiosidade de saber como o médico controla a máquina a uma certa distância do paciente. De forma prática, o cirurgião fica dentro de um console que faz parte da estrutura e, de lá, controla tudo o que ocorre no carro do paciente, com o suporte de um carro de visão, peça que conecta paciente e médico e que faz o processamento das informações. Paralelo a isto, um sistema de endoscópio e telas de alta resolução também são utilizados, possibilitando que a cirurgia seja assistida por outros profissionais”, explica.

A cirurgia em si ocorre através de controladores que captam os movimentos das mãos do cirurgião, transferindo-os para os braços robóticos. “É algo que parece complexo, mas que, na verdade, faz toda a diferença no quesito terapêutico. Aplicado, por exemplo, a casos de câncer de próstata em estágio inicial, hiperplasias prostáticas benignas com indicação cirúrgica e até casos de cálculos urinários, é possível obter ótimos resultados e garantir mais qualidade de vida aos pacientes, que retornam, em pouco tempo, às suas atividades rotineiras, sem prejuízos, geralmente”, esclareceu Figliuolo.

Outra vantagem da cirurgia robótica, de acordo com ele, é a amplitude de movimentos, uma vez que a articulação dos braços e pinças utilizados, tem capacidade de giro de 60 a 90 graus em todas as direções, garantindo versatilidade em estruturas de difícil acesso, geralmente não alcançadas na cirurgia convencional com facilidade.

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