Circunstâncias da morte de sargento ainda são uma incógnita

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros indiciou Carlos Hillacy Libório da Costa, 31, conhecido como “Bin”, e Kelveson Alves Lopes, 23, o “Bigode”, por envolvimento na morte do sargento da Polícia Militar do Estado (PMAM) Marco Antônio Benjamim Silva, que aconteceu na madrugada do último domingo (20/1), no bairro Monte das Oliveiras, zona norte. A vítima tinha 38 anos.

De acordo com a autoridade policial, no dia do delito o policial militar foi até uma área de comercialização de entorpecentes daquele bairro para recuperar dois objetos pessoais dele. Segundo Martins, no local o policial militar teve um desentendimento com “Bigode” e Moisés Pereira dos Santos Braga, que culminou na execução do sargento por disparos de arma de fogo. Moisés, que tinha 25 anos, foi morto na madrugada de segunda-feira (21/1), durante confronto com policiais da Secretaria-Executiva-Adjunta de Operações Integradas (Seaop), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

“Carlos é usuário de drogas. Ele comprava entorpecentes todas as manhãs. Quando ele esteve com ‘Bigode’ e Moisés para adquirir substâncias ilícitas, a dupla o convenceu a retirar o corpo do sargento daquele local, porque isso atrairia a polícia ao lugar, prejudicando a venda das drogas. Com medo de represálias, ‘Bin’ pegou o corpo da vítima, arrastou por cerca de cinco metros e jogou em um igarapé, onde foi encontrado por populares horas depois”, explicou o titular da DEHS.

A autoridade policial informou que Carlos e Kelveson foram encontrados pelas equipes de investigação da DEHS ao longo de segunda-feira (21/1), em bairros distintos da capital. “Bin” foi achado no bairro Montes das Oliveiras e “Bigode” interceptado na rotatória do Produtor, situada na avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus.

O titular da DEHS explicou que ao longo das diligências em torno do caso, os policiais civis lotados na especializada tomaram conhecimento de que o sargento da PM havia ido em duas ocasiões até o local para recuperar uma aliança e um relógio, mas que as circunstâncias em que esses objetos chegaram até o local são desconhecidas. Em um primeiro momento, Marco teria resgatado a aliança e, depois, retornado ao local para buscar o relógio, ocasião em que foi rendido e morto, segundo o delegado.

Martins ressaltou que os policiais civis lotados na DEHS estão trabalhando com a possibilidade do crime ter sido encomendado pelo cunhado de Moisés, um homem conhecido como “Gato Preto”. “O que temos de concreto é a participação de Carlos, Kelveson e Moisés. Precisamos ainda averiguar se ‘Gato Preto’ realmente está ligado ao crime”, declarou.

Indiciamento – Carlos e Kelveson foram indiciados por homicídio qualificado. O titular da DEHS já representou à Justiça o pedido de prisão preventiva em nome dos infratores. A dupla continua na especializada, colaborando com o andamento das investigações em torno da morte do sargento da PMAM. 

FOTO: Erlon Rodrigues

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