A extrema agitação dos últimos dias, decorrente de uma série de acontecimentos em nível nacional e local, fez surgir no meio político uma série de manobras, tentativas e especulações. Depois do “jabuti” da antecipação de eleição da Mesa Diretora da Assembleia e da eleição do juiz Abraham Peixoto Campos Filho para o pleno do Tribunal Regional Eleitoral – fatos diretamente relacionados às disputar entre grupos políticos antagônicos no Estado -, começou a circular ontem a possibilidade do senador Omar Aziz entrar na disputa pela prefeitura de Manaus, o que significaria uma ruptura séria no grupo do poder.

Colaborariam para uma candidatura de Omar dois fatores principais: a possibilidade de Arthur Neto, reeleito prefeito de Manaus, montar chapa para disputar o governo em 2018 e a iminente posse de Eduardo Braga no governo. O senador estaria enxergando duas frentes se formando contra ele, cada uma especulando com possibilidades diferentes, e avaliando que, para barrar ambas, seria importante concorrer, e vencer, a corrida pelo comando da capital.

“O Omar viu o que aconteceu com o Eduardo. Ele era o favorito na eleição para a prefeitura em 2012, mas decidiu não disputar. Resultado: o Arthur se elegeu e uma grande frente se formou contra ele, tomando o governo dois anos depois. Repetir esse erro seria uma burrice. E para quem acha que ele não teria coragem de abrir mão de mais seis anos do mandato de senador, só um lembrete: em 1992 o Amazonino (Mendes) deixou pra trás o mesmo período de mandato como senador e se elegeu prefeito, o que lhe garantiu, dois anos mais tarde, uma eleição tranquila para o governo”, disse ao blog um experiente aliado do senador, agora há pouco.

A entrada de Omar na disputa mudaria completamente o quadro. E o incluiria de imediato entre os favoritos a estar no segundo turno.

Nos próximos dias muita emoção vai rolar, aqui e em Brasília. E tudo pode mudar na corrida eleitoral.