A virtude do político sério e do bom governante está na produção e aprovação de boas leis que trazem melhoria de vida à sociedade, além de aprimorar as capacidades humanas e tornar as pessoas justas, ensinava o grego Aristóteles na Grécia Antiga.
Em um estudo sobre os poderosos do Brasil, o jurista Raymundo Faoro (1958) diz que o nosso país possui grupo social diferenciado, um estamento burocrático, devidamente encastelado na máquina pública ou nas instituições do Estado que se alimenta de prestígios, de altos salários e não representa ideias liberais e nem conservadoras, mas tão somente seu interesse e o controle do aparelho estatal.
As últimas decisões, no âmbito da política e do mundo jurídico do Brasil, são exemplos de como os donos do poder não agem pelo interesse coletivo e nem com vontade de ensinar justeza ao cidadão. Pelo contrário, as instituições do Estado foram apropriadas por grupos movidos por privilégios e os governos estão sendo conduzidos por extensão de interesses privados, deixando de lado o ideal de nação e de cidadania.
E o brasileiro humilde, apartado dos benefícios do poder e das decisões político-administrativas, ouve o discurso de sempre vindos de todos os lados: “trabalhamos para o povo e representamos os interesses da sociedade”.
Por isso, fica uma reflexão: até quando vamos suportar um Estado assim?
Carlos Santiago
*Sociólogo, Cientista Político, habilitado em Marketing e Propaganda, além de advogado.
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