“Assembleia precisa investigar o Governo”, diz José Ricardo Lula

O deputado José Ricardo (PT) cobrou hoje (18) que a Assembleia Legislativa seja mais atuante na fiscalização do Governo do Estado e dos recursos públicos. Ele fez essa afirmação exemplificando que mais um escândalo de corrupção no Governo veio à tona na manhã desta quarta, com a deflagração da Operação Concreto Armado, da Polícia Civil junto com o Ministério Público do Estado (MPE). Uma ação que já resultou na prisão de uma ex-secretária de Estado de Infraestrutura (Seinfra), com denúncias de desvios de recursos em obras públicas.

“Em 2015, tentei um pedido de CPI das Obras. Na época, o ex-secretário da Seinfra, Gilberto de Deus, denunciou esquemas de fraudes nos pagamentos de projetos/contratos entre a Secretaria e empresas. Afirmou aqui nesta Casa que todos os contratos tinham irregularidades. A Assembleia não apoiou com assinaturas e silenciou. E, hoje, estamos vendo as nossas ações serem feitas pela polícia e Ministério Público. Que bom que estão investigando, mas a Assembleia tem obrigação constitucional de fiscalizar e até investigar o Governo”, declarou José Ricardo, reforçando que a CPI da Saúde também precisa sair do papel, já que falta apenas uma assinatura e que pretende investigar todos os contratos do Estado com empresas terceirizadas na área.

A CPI das “Obras Fantasmas” contava com cinco assinaturas: José Ricardo (um dos autores), Luiz Castro (Rede) e Vicente Lopes, Alessandra Campêlo e Wanderley Dallas, na época, todos do PMDB, hoje MDB. O documento precisava de mais três adesões, já que é necessária a assinatura de um terço dos deputados (8) para ser instalado na Casa. Já a CPI da Saúde, conta com o apoio de José Ricardo, Luiz Castro (Rede), Sabá Reis (PR), Sinésio Campos (PT), Platiny Soares e Augusto Ferraz, na época, do DEM, e Alessandra Campêlo (MDB).

O deputado disse ainda que um exemplo clássico dessas denúncias e da corrupção no Estado é a Ponte do Abial, no Município de Tefé. Na semana passada, esteve no local e comprovou que as obras dessa ponte nunca passaram de uma estrutura metálica, apesar do Governo ter pago mais de R$ 6,7 milhões. “Tem que ter investigação nessas obras. Foi pago milhões por uma ponte que não existe. Dinheiro que falta para investir na saúde, na segurança e na educação. Precisamos ter uma Assembleia, de fato, autônoma, sem medo de investigar. É o que diz a Constituição, e cobra a população”.

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