O apóstolo Renê Terra Nova, que dirige o Ministério Internacional da Restauração, foi alvo ontem de muita especulação, por conta de ser o único dos líderes das maiores igrejas de Manaus que não aderiu à candidatura do deputado Silas Câmara, o que estaria inviabilizando o crescimento deste. Ocorre que o carismático religioso tem se mantido afastado da eleição municipal deste ano, por conta de compromissos institucionais, e deixou a coordenação política do MIR a cargo de seu imediato, o também apóstolo e vereador Marcel Alexandre.

A dificuldade de um acordo entre Silas e Marcel tem dois motivos principais: a ligação estreita que o vereador tem com o senador Eduardo Braga – além de correligionários no PMDB, o apóstolo é, ao lado de Terra Nova, uma espécie e conselheiro espiritual do político – e o fato do PRB, partido do deputado, ter lançado a candidatura do pastor Nilmar Oliveira a vereador sem consultar o MIR.

A cooptação de Nilmar teve o objetivo de aproximar Silas do MIR, mas não foi combinada com Terra Nova, que havia sido o principal responsável pela indicação do pastor para assumir a superintendência regional do Trabalho, cargo federal que ele exerceu até março, articulado por Braga.

Neste momento Marcel tem chance de integrar a chapa majoritária do PMDB, como já deveria ter ocorrido em 2012, quando ele foi o nome indicado pelo partido para vice de Rebecca Garcia, que acabou desistindo de concorrer a prefeita na véspera da Convenção, abrindo espaço para que o grupo indicasse a senadora Vanessa Grazziotin.