Amazonino diz que investir na juventude é uma obrigação

O candidato à reeleição, Amazonino Mendes (PDT), reuniu-se com as lideranças jovens dos 12 partidos que formam a coligação “Eu Voto no Amazonas” e destacou que governar com responsabilidade garante a construção do futuro da juventude. Na noite da última segunda-feira (10/09), o governador Amazonino fez um balanço de como encontrou a máquina pública e dos sucessos alcançados na gestão de 11 meses, como o pagamento dos reajustes salariais dos professores, policiais, profissionais da saúde, e investimentos em mais de R$ 1,5 bilhão em todo o estado.

“A juventude é a construção do futuro, sobretudo quando se tratar de governar é fundamental que você tenha a vista voltada para este segmento tão importante da sociedade. Vocês sabem como eu encontrei a casa bagunçada, no abismo. Não pagavam as datas-bases desde 2015. Não tinha investimento em nada. Hoje, a realidade é outra. Agora, tem governo e planejamento. Somos melhores? Não. Mas trabalhamos com seriedade”, disse o candidato.

Amazonino destacou que o equilíbrio na economia dá oportunidades aos jovens que necessitam entrar no mercado de trabalho e na academia. “Meu maior legado e testemunho que posso dar em respeito aos jovens foi a criação da UEA. Agora, o Brasil está atravessando um problema terrível dando ao jovem desalento. Porque o jovem está olhando esse mar de desempregados, essa falta de horizonte. No fundo, você ajuda a sociedade como um todo, sobretudo o jovem acionando a economia. Porque a economia é a mãe do sucesso e abre as portas do horizonte, no caso horizontes perdidos para os jovens. Governar é cuidar das finanças públicas, não levá-la a derrocada como ocorreu com o país e o Amazonas. Nosso governo cuida da construção do futuro”, destacou Amazonino.

Medidas

Amazonino diz em seu plano de governo que a UEA receberá a atenção necessária para se tornar um centro irradiador de conhecimento, inovação e oportunidades para os jovens amazonenses, na capital e no interior. Por meio da criação de escolas técnicas no interior, Amazonino pretender criar a educação pública voltada para o desenvolvimento de competências que sejam necessárias e relevantes no mundo real, no mercado de trabalho, a que os jovens se lançarão quando concluírem sua formação. “E vamos também instituir políticas de combate ao tráfico de drogas no interior do Estado, com mais estrutura para o trabalho policial. Combater o consumo de drogas no interior do Estado, com programas de informação e conscientização e oferecimento de oportunidade para os jovens, em trabalho conjunto com instituições da sociedade civil, organizações sociais sem fins lucrativos e instituições religiosas.

O universitário Dheyson Silva, 24, lembrou que Amazonino Mendes deu oportunidades aos jovens de baixa renda a entrar na universidade. “Ele é melhor para a juventude por incentivar os jovens a ingressar numa faculdade pública, no início de 2000, quando fundou a UEA. Hoje, em dia o pobre pode entrar numa faculdade porque tem a chance ofertada pela UEA”, frisou o estudante.

SEGURANÇA

Nas três entrevistas que concedeu ontem, à TV Amazonas, ao G1 Amazonas e ao Portal A Crítica, o candidato ao governo do Estado pela coligação ‘Eu Voto no Amazonas’, Amazonino Mendes (PDT), disse que a consultoria do escritório de Rudolph Giuliani foi responsável pela queda nos índices de criminalidade em Medellin, na Colômbia, beneficiando principalmente sua população mais pobre.

Amazonino explicou que a colaboração do escritório reduziu os índices de homicídios em Medellin, de 380 casos por 100 mil habitantes, nos anos 1990, para cerca de 30 por 100 mil habitantes. Isso lhe rendeu o título de cidade mais violenta do mundo (hoje, o posto é ocupado por Caracas, na Venezuela, com 130 mortes por 100.000 pessoas ao ano). E lembrou que Medellin era a marca do maior cartel de drogas do mundo, comandado por Pablo Escobar e que, antes eleita como a cidade mais perigosa do mundo, hoje é considerada uma das melhores cidades para se viver da América do Sul.

Durante o fim dos anos 1980 até meados dos anos 2000, marcados por Pablo Escobar, guerras entre cartéis de drogas, paramilitares e guerrilhas, a taxa de homicídios era tão elevada que a cidade estava sempre entre as 10 mais perigosas do mundo. Nestes últimos anos, porém, a cidade mudou completamente, e os turistas podem apreciá-la sem medo algum. A criminalidade caiu mais de 80%, e ela recebeu o título de “Cidade do Ano” pela Wall Street Journal, além de diversos outros prêmios de inovação.

Medellin, disse o candidato, é o exemplo de que os investimentos certos em segurança podem transformar a economia de uma cidade e de um Estado. A cidade equipou a polícia, investiu em inteligência e ampliou a presença do Estado nas comunidades. O caso de Medellín deixa claro como uma cidade só tem a ganhar quando a redução da violência se torna o foco das políticas de Estado.

De acordo com informações publicadas no site da revista Exame, com a redução da violência, os indicadores econômicos de Medellín deram uma virada. Desde 2010, o Produto Interno Bruto da região vem crescendo acima de 3% ao ano. No mesmo período, o número de empresas grandes e médias registradas em Medellín subiu de 1.800 para mais de 3.000. O movimento nos aeroportos passou de 2,1 milhões para mais de 4,2 milhões de passageiros por ano. E o desemprego caiu de 12,8% para 9,6%. Os indicadores sociais e o bem-estar também melhoraram. A desigualdade caiu em ritmo maior que o do país, e a taxa de pessoas abaixo da linha de pobreza saiu de 25%, em 2008, para 14%, uma das menores entre as grandes cidades colombianas. Mas o maior ganho é visto na expectativa de vida — de 2001 a 2016, subiu de 71,4 anos para 77,8. Entre os homens — as maiores vítimas de homicídios — aumentou ainda mais: de 68,2 anos para 76,4.

A explicação para o sucesso de Medellín na segurança pública , segundo a revista, está numa combinação de coisas que não costumam andar juntas. De um lado, houve uma intensa repressão policial e a aplicação de leis severas. De outro, programas sociais que oferecem uma porta de saída do mundo do crime, com capacitação profissional, renda garantida por tempo determinado e apoio psicológico e social — além da presença tanto do Estado quanto de organizações não governamentais.

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