O Programa Ciência na Escola (PCE), chegou à zona Leste, por meio do projeto “Geografia e Educação no Contexto Urbano: Moradias em Áreas de Risco Ambiental”, realizado com alunos do ensino médio da Escola Estadual Maria Madalena Santana de Lima, no bairro Armando Mendes, zona leste de Manaus. A ideia foi analisar a importância da paisagem, que é o entorno em que se vive, para a compreensão do espaço vivido e despertar nos alunos o interesse para o planejamento, conservação, uso e ocupação sustentável dos espaços ao redor.
Para isso, foi adotada cartilha produzida pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – Serviço Geológico do Brasil para informar aos moradores que residem em áreas consideradas de risco ambiental sobre práticas seguras e sustentáveis.
“Sabemos que a paisagem está em constante transformação, muitas pessoas não se sentem como atores dessa mudança e colocam a culpa nas autoridades. Mas as pessoas também contribuem para os problemas ocorrerem. Com o projeto, queremos que a comunidade faça uma leitura do bairro e compreenda que os moradores são atores da transformação geográfica do bairro Armando Mendes”, diz o coordenador do projeto, o professor de Geografia Márcio Silveira.
Os estudantes realizaram pesquisa bibliográfica e de campo no entorno da escola, ações educativas e reconhecimento das diferentes situações de riscos ambientais, utilizando os conhecimentos adquiridos em sala de aula, nas atividades inerentes ao projeto.
Durante o projeto, os estudantes entrevistaram os moradores para saber a ideia que eles têm sobre o espaço em que vivem.
Além da sala de aula – O projeto foi apresentado na Feira de Ciências da Amazônia, durante a última edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A escola também promoveu no bairro o evento “Ciência na Praça”, com objetivo de apresentar à comunidade os projetos de iniciação científica desenvolvidos na escola.
Para um dos colaboradores voluntários do projeto, Anderson Castro, e hoje estudante de Pedagogia, a experiência de participar do projeto de iniciação científica é importante para seguir a formação.
“A primeira coisa que me deparei quando cheguei à faculdade foi com o tripé: ensino, pesquisa e extensão. Isso foi algo que vi em projetos do PCE. A pesquisa foi viabilizada pela prática, porque fomos ao local e conseguirmos obter um bom resultado. Já a extensão foram os projetos aplicados à comunidade por meio da interação com a escola. É muito gratificante levar essa experiência para minha vida acadêmica”, informou.
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