Aliado de Silas e ex-secretário de Amazonino é preso acusado de cobrar propina no INSS

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram na manhã de hoje em Manaus, Manacapuru e Ilhéus (Bahia), a operação “Zero Um”, para cumprir sete mandados de prisão e busca e apreensão contra o gerente-executivo do INSS no Amazonas, Clizares Satana, além de outros servidores. Ele foi indicado ao cargo pelo deputado federal Silas Câmara (PRB) ainda no governo de Michel Temer (MDB), bem como foi secretário de Justiça e Cidania no governo Amazonino Mendes (PDT), por três meses, também indicado pelo parlamentar.

Os presos são acusados de crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva, advocacia administrativa e emprego irregular de verbas ou rendas públicas. A operação apura também desvios efetuados por servidores no órgão no Amazonas, com participação do Ministério Público Federal.

Santana, que é baiano, é acusado de conceder benefício previdenciário de forma fraudulenta e cobrar vantagens indevidas (propina) em contratos e licitações por obras do INSS em municípios do Amazonas.

Ele concedeu ainda benefício mensal de R$ 2,1 mil uma prima que mora em Ilhéus, na Bahia. De acordo com a Polícia Federal, a pensão por morte no valor de R$ 2,1 mil foi concedido no final de 2014 com retroativo a 2012. Um primeiro pedido dela foi indeferido. Uma segunda solicitação foi feito e no mesmo dia, às 22h, foi aprovado por Santana em Manaus. A delegada federal Jeanie Tufureti afirmou que para o processo ocorrer regularmente, a mulher deveria ter apresentado recurso administrativo na agência do INSS do local onde ela mora. Caso o órgão entendesse que a pensão era legal, o recurso poderia ser deferido.

De acordo com a CGU, também foi constatada a realização de diárias cruzadas, em que servidora do INSS era transferida “a interesse da administração pública” para o interior do estado e, logo após, retornava ganhando diárias.

Entre 2014 e 2017, ela recebeu R$ 91 mil com 464 diárias, além de mais de R$ 37 mil em ajuda de custo, para mudar quatro vezes de lotação.

A Polícia Federal também afirmou que está sendo apurada denúncia de corrupção envolvendo empresas. Um dos empresários que havia vencido licitação para construção de obra de R$ 120 mil no interior do Amazonas alegou que o gerente-executivo havia pedido propina de 10% do valor da obra. Ao negar o repasse de R$ 12 mil a Santana, o empresário disse que teve o contrato rescindido unilateralmente.

A delegada Jeanie Tufureti afirmou que a PF suspeita que o gerente usava a chefe de um dos setores para conceder pensões a amigos e familiares. No entanto, a confirmação desses pagamentos deverá ser feita a partir da análise dos materiais que foram apreendidos na manhã desta segunda-feira, 22.

Além disso, a PF e a CGU irão analisar os celulares e computadores apreendidos para constatar se houve pagamentos de propinas por empresas que prestam serviços para o INSS ou se houve outras interferências em licitações e contratos do órgão.

Santana foi preso preventivamente em um sítio no município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) na manhã desta segunda-feira, 22.

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Este post tem 2 comentários

  1. Fernando Silva

    Dize-me com quem andas e te direi quem és!!!

  2. Anônimo

    Esse silas camara sempre foi um bandido e se alega homem de deus. Ele e toda familia dele dele vai pagar quando jesus voltar

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