Nada menos que quatro deputados federais, todos eleitos na coligação governista, estão em franca campanha por uma das duas vagas que serão abertas em 2018 no Senado. Todos avaliam que, reeleito, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, não largará a prefeitura para tentar voltar à Câmara Alta. Também acreditam que o senador Eduardo Braga, vencendo a disputa judicial com José Melo, estará fora do páreo, assim como sua esposa, Sandra. E vêem a reeleição de Vanessa Grazziotin como impossível. Daí o “assanhamento”.

Alfredo Nascimento fez da candidatura de Marcelo Ramos a prefeito de Manaus a sua principal estratégia para retornar ao Senado. Se a aposta der certo, ele terá uma máquina para chamar de sua e grandes chances de vitória.

Bisneto aposta na reeleição do pai e no apoio das máquinas estadual e municipal para chegar ao Senado, numa composição que teria o atual senador Omar Aziz concorrendo ao governo.

Pauderney já disputou o Senado em 2006. Foi bem votado. Agora, acredita que possa ser a segunda opção de quase todos os grupos que disputarão a eleição de 2018, o que lhe transformaria numa espécie de “Jefferson Péres”, o saudoso senador, que venceu eleições dessa forma, sendo a segunda opção de todas as correntes.

Silas Câmara é o mais novo entusiasta pelo cargo de senador. Ele está no sexto mandato de deputado federal, sempre respaldado pela Igreja Assembleia de Deus e acredita que possa unir as principais denominações evangélicas em torno do seu nome. Para isso, vai trocar o PSD pelo PRB, partido controlado pela igreja Universal.

O problema, para o grupo do poder, é que os interesses começam a minar a união do time. Alfredo, por exemplo, afastou-se de Arthur, num caminho sem volta. E Silas sai da área de controle de Omar, passando a atuar de forma independente.

Isso pode gerar desdobramentos imprevisíveis.