Bispos, padres, freiras, religiosos e religiosas, diáconos, lideranças pastorais e de movimentos da Igreja Católica estão envelhecendo e cansados na aparência.
Ouvi hoje na homilia do padre na missa da minha paróquia, o quanto a igreja anda preocupada com a renovação por conta da falta de novas vocações sacerdotais, diaconais e de lideranças de leigos e leigas.
Não é uma preocupação de hoje mas um grave problema antigo que se amplia à medida em que o tempo passa e o quanto isso interfere na sustentação da missão da igreja enquanto arrebanhadora de fiéis comprometidos e de almas para o Reino.
Desde meus tenros dez anos de idade que milito no seio da igreja católica seja como leigo ou liderança engajada nas pastorais e movimentos.
Tantos foram os padres, freiras e cristãos mais velhos e experientes com os quais lidei e aprendi muito na caminhada como leigo.
Hoje percebo que os templos se renovaram mais que a igreja e suas lideranças clericais e laicas.
Os bispos, padres e freiras estão de cabeças brancas. As lideranças engajadas estão envelhecidas.
Todos visivelmente mais cansados ainda que muito mais comprometidos e dedicados graças a Deus. Não fora isso já tínhamos sucumbido.
Lamentavelmente não há renovação, e sem renovação, não há esperança por uma igreja renovada na fé e nas suas lideranças.
Há cerca de três anos anos escrevi aqui nesse espaço sobre uma viagem que fiz com a Elaine à Europa.
Como de costume e compromisso cristão não deixamos de ir à missa ou visitar templos católicos.
E o que percebemos e vimos, foi que as igrejas estão fechando e sendo vendidas para outras finalidades menos nobres por pura ausência de fieis e principalmente por falta de padres. Não há vocações sacerdotais!
Os párocos ou vigários envelhecem e morrem e não há ninguém para substituí-los na missão.
Do mesmo modo, pelo lado do laicato, a situação é a mesma. As lideranças de leigos e leigas comprometidas com movimentos e pastorais não se renovam.
Estamos todos e todas de cabeças brancas e, nossos bons exemplos, não conseguem convencer mais e mais leigos ao engajamento.
A percepção que se tem é que as famílias cristãs de hoje, diferentemente das antigas, não cultivam e nem incentivam a fé dentro dos lares e com isso não preparam ou não convencem os mais jovens a assumir o compromisso que nos cabe enquanto igreja que caminha.
Sem renovação, a vida da igreja também envelhece enquanto corpo físico e tende a se dispersar.
Como única certeza, temos que a igreja, corpo místico que tem Cristo como cabeça que vai muito além da humanidade, forma uma instituição viva porque edificada na Divindade, na Palavra e na doutrina, elementos os quais não envelhecem e nos sustentam a fé e o compromisso nessa caminhada.
Que nossas famílias permaneçam e vivam na fé, que nossas comunidades cresçam e se consolidem na fé e que a Igreja continue sua caminhada sempre se renovando para que mantenha-se perene, firme e sólida como sempre foi desde sua fundação nos primórdios do seu nascimento.
Té logo!
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