O som do sino da cura foi ouvido com alegria, na tarde desta quarta-feira (12/05), pelos profissionais atuantes na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam). Desta vez, o toque foi realizado pelo jornalista Fernando Reis, que venceu a Leucemia Mielóide Aguda (LMA). Ele passou pelo procedimento de transplante de medula óssea, doada pelo próprio irmão e, agora, com tratamento concluído, recebeu alta na fundação. No período de tratamento, ainda teve que conviver com a perda de dois irmãos, falceidos em consequência da Covid-19.
Fernando Reis é um dos jornalistas mais conhecidos do Estado. Atua há duas décadas na televisão do Estado, a Encontro das Águas, e também é dono de um site de notícias e de uma agência de clipagem – serviço de compilação de notícias. Diagnosticado no dia 17 de março de 2019, ele deu início ao tratamento no Hemoam, sendo acompanhado pela equipe multidisciplinar da unidade.
Na busca por um doador de medula, a esperança da recuperação foi fortalecida com a descoberta de que o irmão mais novo dele, Flávio Reis, era 100% compatível para a realização do transplante. O procedimento aconteceu no dia 28 de dezembro de 2020, na Santa Casa de Belo Horizonte (MG), por meio de parceria do Hemoam com a unidade hospitalar daquele estado. Após o transplante, o paciente retornou ao Amazonas para dar continuidade ao tratamento. Sem conter a alegria, ele falou sobre a importância de ser grato neste momento.
Antes de tocar o sino da cura, Fernando agradeceu a todos os profissionais de saúde envolvidos não apenas no tratamento dele, mas a todos que se dedicam a cuidar dos pacientes. “A todos os profissionais da área de saúde, é muito importante a gente ter essa gratidão com eles”, reconheceu.
Tendo acompanhado todo o quadro clínico de Fernando, ao longo do tratamento na fundação, Rejane Nina, que é médica hematologista, falou sobre a sensação de ver o homem totalmente recuperado. “É a sensação de dever cumprido, de felicidade, de poder contribuir para a cura de um paciente em uma doença tão grave”.
Nos últimos cinco anos, o Hemoam diagnosticou 140 novos casos de LMA. Só em 2020 foram 14 registros. A LMA é o tipo mais comum em pessoas adultas. Um estudo recente da Fundação Hemoam também constatou que 70% das pessoas diagnosticadas com esse tipo de leucemia são pessoas pardas, seguido de brancos, indígenas e negros.
A família
“Essa questão de transplante passa muito próximo da família. Eu acho que a família sempre é uma questão que é fundamental na vida. Lógico que a gente tem um banco de doadores e a gente sempre tem que ser grato, e sendo da família a gente tem que ser mais grato ainda”, disse Fernando, agradecido ao irmão mais novo por ter recebido o transplante.
Já na reta final do tratamento, ele teve que conviver com a dor de ver dois irmãos morrerem devido às complicações causadas pela Covid, Dernando e Elaine, ambos mais velhos que ele. Fernando reuniu forças para superar mais este baque. Outro irmão, o radialista Delson Reis, também foi contaminado pela doença, chegou a ser internado, mas curou-se.
Como ser doador
A pessoa interessada em ser doadora de medula deve procurar o setor de captação de doadores, munida de RG. Para o candidato ser aceito basta atender os critérios da doação de sangue comum, salvo o limite de idade de até 54 anos.
Após isso, deverá assinar um termo de consentimento, colher amostra de 5 ml no LAC, nesse mesmo momento será realizado o cadastro do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Redome).
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:
– Ter entre 18 e 55 anos de idade;
– Estar em bom estado geral de saúde;
– Não ter doença infecciosa ou incapacitante;
– Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico;
– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Acompanhamento
O Governo do Amazonas, por meio do Hemoam, atua no tratamento de pessoas diagnosticadas com patologias relacionadas ao sangue e conta com equipes de profissionais qualificados no atendimento e acompanhamento dos pacientes.
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Este post tem um comentário
Linda história!
Parabéns Fernando!!
E a vida continua…