A eleição!

Foi dada a largada para aquela que pode se notabilizar como a eleição das eleições independentemente do caráter de cobertura que ela guarde por se tratar de um pleito municipal.
Digo isso diante de todos os aspectos políticos, sociais, econômicos e financeiros, seu adiamento, a forma e o desenrolar das campanhas, os prazos apertados, o interesse popular ante o medo que a pandemia ainda causa, o quanto de influência o desempenho e a figura de Bolsonaro e/ou a direita terão nesse pleito, entre tantas outras variáveis e equações políticas as quais perpassarão esse processo que se apresentará tão diferente dos demais.

Seguramente duas coisas hão de influenciar nessas eleições: o fator ideológico e o ferrenho embate entre o novo e o calejado notadamente se esse embate se der naquelas cidades cujos eleitores provaram da experiência com o novo e se arrependeram, e se isso for habilmente explorado pelos adversários.

Não nos esqueçamos, igualmente, que a pandemia causada pelo vírus chinês terá forte influência conjuntural e logística nesse que deve ser considerado como o primeiro processo eleitoral que acontecerá dentro de um panorama epidemiológico em que milhares de municípios brasileiros ainda estarão sofrendo, em maior ou menor gravidade, com as baixas causadas pela doença.

O fator corrupção com o mau uso do dinheiro público durante a pandemia também haverá de provocar estragos em muitos candidatos que almejam à reeleição ou cujos “padrinhos” eleitorais estejam metidos até o gogó em maracutaias que circunscrevem os gastos públicos no enfrentamento ao novo coronavírus.

Há ainda que se lincar indelevelmente essa eleição municipal ao ano de 2022, logo ali portanto, ano em que as eleições majoritárias para presidente, governadores, senadores e parlamentos federal e estadual se reencontrarão nas urnas e cujos interesses e olhares de 2020 estarão voltados menos para a escolha de prefeitos e vereadores e mais para o cenário eleitoral presidencial que se avizinha este sim que arrebatará mentes, corações e atitudes de caciques políticos e agremiações partidárias Brasil adentro.

Na nossa capital o assanhamento político é geral e notório. Candidaturas sendo postas na mesa, alianças sendo costuradas, conchavos a mil por hora, novos e velhos candidatos se apresentando, partidos sendo procurados outros colocados sob leilão, pernadas sendo dadas, etc. numa repetição de atos, fatos e atores já vistos em outros pleitos porém, com uma carga de atenção e de interesse no mínimo diferentes os quais somente o desenrolar da eleição poderão decifrar.

Certo é que a eleição municipal de 2020 por tudo o que esta circunscreve, terá forte influência sobre a eleição de 2022 e haverá de provocar profundas transformações no cenário político nacional a partir de 2023. Quem sobreviver à pandemia verá!

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