Por Ronaldo Amazonas*
Pronto minha gente, desvendado o primeiro de uma série de mistérios e elucubrações lançados sobre o andamento do processo da Lava a Jato no Supremo Tribunal Federal com a escolha (prefiro esse nome do que sorteio) do Ministro Edson Fachin para relator.
Que coisa hein? O Fachin qual namorado apaixonado resolveu se entregar de corpo e alma para um amor perigoso e difícil, disposto a enfrentar esse sacrifício, só experimentado pelos que estão dispostos a morrer de amor como no caso do drama Romeu e Julieta, cujo veneno costuma matar impiedosamente como no caso do Teori.
Depois de uma série de negociações entre Carmem Lucia, Temer, Janot e alguns ministros mais antigos da primeira turma do STF lançou-se luz sobre nossas novas/velhas dúvidas a respeito dos sorteios dos processos nos tribunais de justiça em todas as esferas e graus de jurisdição. Como diz minha sobrinha Fabiolla “Vamos combinar né?” Eu sou mais pela volta do velho método dos nomes em papeizinhos feito à vista de tudo e de todos. Nem meu netinho Benício acreditou no tal “sorteio” posto que um ministro sai de uma turma, vai com zero% de chance de ganhar a relatoria, chega noutra turma com 20% de chances e ganha o tão buscado prêmio(?). Vamos combinar né?
Bem, vencida essa tão celebrada etapa, tá na hora de lembrar e cobrar do ministro Fachin alguns pontos talvez até com o intuito de mostrar a Sua Excelência que ele não chegou e nem vai permanecer à frente da relatoria da Lava a Jato de forma incólume ou em brancas nuvens.
Vá com calma Ministro e não se deixe contaminar com seu passado de homem ligado às correntes petistas da ala mais à esquerda pertencente aos movimentos pela reforma agrária de tantos maus feitos e destruição; esqueça que Vossa Excelência foi um abnegado advogado e defensor de petistas transgressores da ordem como invasores do patrimônio alheio; aja com serenidade e com firmeza; adote medidas e decisões estritamente técnicas na salvaguarda apenas do interesse e dos ditames legais; não se afaste um nanomilímetro dos mandamentos constitucionais; não pestaneje na hora de aplicar a lei; não titubeie quando tiver que condenar os infratores, corruptos e ladrões do etário; não tergiverse ao encontrar indícios e provas por pequenas que sejam para punir os culpados; passe longe dos apelos e conchavos próprios de políticos, de poderes, de setores e de partidos enredados em falcatruas; seja prudente diante das delações duvidosas e sem lastro de provas feitas apenas para lançar tintas berrantes às vezes indeléveis sobre inocentes; tenha cuidado com sua segurança pessoal e de sua família (o seguro morreu de velho!); que vossa consciência abra espaço apenas para a gravidade do momento social, político e econômico que o Brasil enfrenta atualmente, fruto da atuação deletéria e criminosa daqueles que agiram de forma organizada, às vezes em bando, ora em duplas, ora sozinhos, apenas com o intuito de tomar de assalto as empresas e patrimônios públicos ou desviar dinheiro e bens para si, suas organizações partidárias e suas famílias, relegando a maioria pobre do povo brasileiro a um plano secundário de pobreza, sofrimento, desemprego, doenças e desesperança no amanhã.
Os contribuintes e o povo brasileiro em geral espera apenas que Vossa Excelência faça jus ao régio salário que lhe pagamos e honre a cadeira que ocupa no Olimpo das cortes de julgamento do nosso país.
Té logo!
PS. Reitero aqui meus sinceros sentimentos pela morte da ex primeira Dama Maria Leticia. Que Deus de infinitas bondade e misericórdia a receba na Pátria Celeste.
*O autor é farmacêutico e empresário
