Academia de Letras quer incluir Manaus em programa mundial

A Academia Amazonense de Letras, dentre as comemorações do seu centenário de fundação, vai realizar no dia 18 próximo, em parceria com a Unesco, o Arquivo Nacional e a MOW Brasil, oficina técnica preparatória de profissionais que atuam em arquivos e coleções que reúnem documentos especiais brasileiros, visando incluir Manaus no Programa “Memória do Mundo”, destinado a preservar documentos raros, único e insubstituíveis.

O Programa foi criado em 1992 para a preservação e acesso ao patrimônio documental mundial, ou seja, tem atribuições similares ao Patrimônio da Humanidade que se destina a monumentos edificados e sítios, como explicou o escritor Robério Braga, presidente da Academia, ressaltando a importância de que, pela primeira vez, esse evento seja realizado em Manaus.

A oficina pretende treinar pessoal já qualificado e habilitado em arquivos públicos, privados, civis, militares e eclesiásticos, que se interessem pela sua preservação, de modo a identificar peças que possam ter representação mundial relevante, e, se for o caso, buscar o certificado da nominação junto a Unesco, em edital que será divulgado em breve.

O Programa está no Brasil desde 2006, chamado MOW Brasil, com 17 membros, e anualmente publica edital para acolher pedidos de registros e nominações como patrimônio, o que já sucedeu com os documentos referentes a Guerra Cisplatina e com o acervo do maestro Carlos Gomes, por exemplo.

O Amazonas ainda não possui nenhuma nominação, enquanto o Estado do Pará já conseguiu incluir duas peças importantes de seus arquivos nesse programa, sob a coordenação geral do Arquivo Nacional, e, atualmente, sob a presidência da arquiteta Jussara da Silveira Derenji, uma estudiosa de do tema na região amazônica, especialmente na belle époque.

A oficina é gratuita, e os interessados podem se inscrever em memoriadomundo@an.gov.br, até o dia 18, devendo ter disponibilidade das 9 às 13 horas, na sede da Academia, na Rua Ramos Ferreira 1009, ao lado do Instituto Benjamin Constant. Independente de inscrições a Academia e o Programa estão convidando os técnicos e especialistas de arquivos locais, para participarem do evento.

Serão oficineiros as doutoras Jussara Derenji e Maria Ana Quaqlino, que integram o Comitê Brasil, e Roberio Braga, presidente da Academia que tratará de arquivos no âmbito documental amazonense.

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