Pelas estradas da fé (Parte II)

Prossigo na série de três artigos relatando sobre uma peregrinação maravilhosa que um grupo de fiéis católicos entre os quais eu e um grupo de Manaus vivenciamos recentemente por alguns caminhos da fé na Europa.

Meu intuito é dividir com meus queridos leitores essa jornada que renovou em mim sobretudo a fé, a confiança em Deus e o fervor na devoção à Mãe de Deus.

São lugares onde Nossa Senhora em inúmeras aparições, deixou muitas mensagens de admoestação, chamamento à conversão e à oração e, também, onde santos e santas de Deus pisaram e deixaram marcas de amor e ensinamentos.

Na França visitamos Lourdes cidade icônica da fé católica onde Nossa Senhora apareceu a uma jovem chamada Bernadete, mais tarde canonizada Santa da igreja católica.

Ali, desfrutei de uma profunda e marcante experiência que foi receber uma benção com a água da gruta onde Nossa Senhora manteve vivo diálogo com Santa Bernadete deixando uma bela mensagem para a humanidade.

Nessa abençoada cidade, jaz o corpo incorrupto de Santa Bernadete na mais sublime perfeição de encher nosso coração de amor a Deus e de crença na viva presença d’Ele naquele lugar.

Partimos então para os Alpes franceses precisamente para a a cidade de Fallavaux onde se deu a aparição de Nossa Senhora com o título de La Salete a duas pequenas crianças aldeãs.

Nessa pequena vila encravada no cume frio das montanhas, Nossa Senhora, no ano de 1846, deixou uma mensagem muito especial e forte admoestando a humanidade para os perigos da desobediência e da separação de Deus.

A imagem de Nossa Senhora de La Salete é de uma jovem mulher que chora copiosamente enquanto fala aos pequenos pastores de rebanho e onde a cruz de Jesus está vivamente representada pelo martelo e pela torquez símbolos da crucifixão e da ressurreição de Jesus.

Dali partimos para Paray Le Monial uma pequena vila francesa.

Ali, no ano de 1673, o próprio Jesus se comunicou com uma religiosa chamada Margarida Maria Alacoque onde, entre mensagens e ensinamentos, deixou os caminhos para a amor ao seu Sagrado Coração.

Numa das mensagens assim de expressou Jesus: “O meu divino coração está tão inflamado de amor pelos homens e por ti em particular, que não podendo mais conter em si próprio as chamas do seu ardente Amor, sente a necessidade de o difundir por meio de ti e de o manifestar aos homens para os enriquecer das preciosas graças de santificação e salvação necessárias para os tirar do abismo da perdição. Para levar a cumprimento este meu grande desígnio, escolhi-te, abismo de indignidade e de ignorância, a fim de que seja claro que tudo se cumpre por meio de mim”.

A partir dessa aparição e das mensagens, derivou a devoção das primeiras sextas feiras ao Coração de Jesus e principalmente a criação da confraria do Sagrado Coração com milhões de consagrados espalhados pelo planeta.

Chegamos então ao Monte São Michel, uma pequena ilha de pedras no norte da França.

Nesse lugar, no ano de 708, o Arcanjo São Miguel apareceu em sonho a um Bispo pedindo que ali fosse erigido um oratório.

Depois de três tentativas por meio de sonhos do bispo e diante da incredulidade deste, São Miguel toca-lhe a cabeça cobrando deste a consecução da tarefa incumbida.

Finalmente, a vontade de São Miguel foi atendida e o Bispo, mais tarde canonizado, construiu no local uma capela que existe até hoje e onde participamos de uma linda celebração eucarística.

Partimos então para Lisieux, pequena e fria cidade francesa.

Ali uma das mais belas páginas do catolicismo se passou e se sustenta no seio do abençoado casal Martin e seus nove filhos.

Um pai santo, uma mãe santa, uma filha santa e uma outra membro dessa família a caminho da santidade.

Trata-se da família de Santa Terezinha do  Menino Jesus, doutora da igreja, seu pai São Luís, sua mãe Santa Zélia e uma irmã, também religiosa, a caminho da canonização.

Lisieux encerra portanto um capítulo fundamental e exemplar de santidade por meio de uma família que viveu para Deus e deixou marcas profundas na nossa religiosidade.

Chegamos então em Paris onde vivenciamos muitas experiências e aprendizados por meio de visitas e celebrações em inúmeros lugares prodigiosos.

No ponto mais alto de Paris, no Montemartre, visitamos a Brasílica do Sagrado Coração fincada exatamente onde centenas de cristãos foram martirizados no ano de 250 DC.

Dali partimos para a Rue Du Bac onde está erigido o Santuário dedicado a Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa.

Ali aconteceu uma das mais extraordinárias passagens da nossa fé porque foi aí que Nossa Senhora pediu a Santa Catarina Labouré, no ano de 1830, que cunhasse a famosa e icônica medalha milagrosa fonte de muitos milagres e prodígios até os dias atuais.

Nessa mesma área estão encerradas inúmeras relíquias católicas como de

Santa Luísa de Marilac, o corpo incorrupto de São Vicente de Paulo, o altar de Nossa Senhora dos Raios(das Graças), a poltrona onde Nossa Senhora sentou e o altar de Santa Catarina.

Encerramos nossa estada em Paris e também a peregrinação, com uma Santa Missa celebrada por nossos diretores espirituais num dos mais belos templos católicos que é a Catedral de Notre Dame, ainda em recuperação, depois que um incêndio quase a consumiu por inteiro.

Catedral lotada de fiéis e de turistas num cenário deslumbrante de arte sacra, símbolos cristãos esplêndidos, sobretudo, a coroa de espinhos que foi colocada em Jesus no seu calvário.

Semana que vem publicaremos o último artigo dessa série, e, como falado por mim, será dedicado totalmente a Garabandal, uma extraordinária história de fé e devoção relacionada com a aparição de Nossa Senhora numa pacata vila no sul da Espanha e quatro adolescentes meninas.

Té logo!

Qual Sua Opinião? Comente: