O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), concedeu hoje uma entrevista em live a onze jornalistas de vários veículos de comunicação, incluindo este blogueiro, durante a qual falou sobre todas as polêmicas recentes que envolvem a ele e à sua gestão. Durante mais de uma hora e meia, ele se defendeu de acusações, atacou adversários, mandou recados a aliados e explicou a reforma previdenciária que está promovendo, objeto de críticas de parcela do funcionalismo.
Pela primeira vez o prefeito falou em mudar de ideia em relação ao seu apoio a um candidato a governador. Sem citar o senador Omar Aziz (PSD), a quem já afirmou querer apoiar em 2026, David disse que vai aguardar as definições do ano que vem para ver “com quem ficarão os deputados petelecos”, referindo-se aos parlamentares que aprovaram o parecer de Wilker Barreto (Mobiliza), rejeitando suas contas dos cinco meses em que esteve governador do Estado, em 2017. “São teleguiados. Se eu perceber que eles ficarão com quem eu pretendo apoiar vou pro outro lado”, afirmou. “Não posso é ser atacado e não reagir”, acrescentou. Ele disse ainda que estudou a legislação e não teme ficar inelegível a partir de uma possível aprovação do parecer contrário à sua prestação de contas no plenário.
Aliás, sobraram ataques para adversários. O prefeito chamou os deputados federais Capitão Alberto Neto (PL) e Amom Mandel (Cidadania) de “inúteis para Manaus” por não alocarem recursos de suas emendas parlamentares na capital, aonde tiveram a maior parte de seus votos. Também atacou, sem citar nomes, “vereadores que não trabalham e vivem de postar vídeos tentando lacrar para obter likes”. E disse que está montando uma chapa forte para concorrer a todos os cargos eletivos no ano que vem. Chegou a anunciar inclusive que o seu chefe da Casa Civil, Marcos Rotta, presente com ele na entrevista, estaria assumindo a direção de um partido, junto com o secretário de Limpeza Pública, Sabá Reis. Especula-se que seja o Podemos.
Sobre a reforma da Previdência Municipal, ele disse ser necessária sob pena de não haver mais recursos para pagar aposentadorias em cinco anos. “Eu segurei seis anos para tomar essa providência. Se eu não o fizer agora, não terei um centavo para investimentos no ano que vem”, afirmou.
O prefeito também disse estranhar a reabertura da investigação sobre sua viagem ao Caribe no Carnaval. Disse que prestou todos os esclarecimentos solicitados, voltou a afirmar que viajou com recursos próprios e evitou criticar a Justiça. Também defendeu a sogra, alvo de acusações sobre favorecimento em contratos, dizendo que ela não ficou na empresa aonde trabalhava, fornecedora da Prefeitura, a partir do momento em que a filha começou a namorá-lo.
David Almeida evitou em todos os momentos deixar uma única brecha para que se especulasse uma candidatura sua ao Governo no ano que vem, mas disse repetidas vezes que “tem opções”.
Sobre o governador Wilson Lima (União), disse que já comunicou quais são as suas condições para voltar a dialogar politicamente. “Preciso resolver a situação do passe livre estudantil dos estudantes do Estado e receber os recursos destinados ao Samu e à Farmácia Popular, que ele nunca repassou”, resumiu.
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