A Justiça Militar do Amazonas absolveu, nesta segunda-feira (29), cinco militares acusados de matar a policial militar Deusiane da Silva Pinheiro. A sessão aconteceu no Fórum Henoch Reis, em Manaus. O promotor de Justiça Igor Starling informou que o Ministério Público vai recorrer da decisão.
Deusiane foi morta com um tiro em 1º de abril de 2015, dentro da base flutuante do Batalhão Ambiental da PM, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. Segundo o Ministério Público, ela tinha um relacionamento considerado “conturbado” com o então cabo da PM Elson dos Santos Brito, apontado como autor do disparo. Ele foi absolvido por maioria de três votos a dois do crime de homicídio. Votaram pela condenação o juiz Alcides Carvalho e a major PM Clésia de Oliveira.
Foram absolvidos por unanimidade do crime de falso testemunho, os réus Cosme Moura Sousa, Jairo Oliveira Gomes, Júlio Henrique da Silva Gama e Narcizio Guimarães Neto.
A sessão foi presidida pelo juiz Alcides Carvalho Vieira Filho e contou com a participação de quatro oficiais da Polícia Militar que integram o Conselho Permanente de Justiça Militar.
Conforme denúncia do Ministério Público, Elson e Deusiane haviam terminado o relacionamento. O policial militar teria reatado com uma ex-companheira, mas desejava manter, ao mesmo tempo, o vínculo com Deusiane.
A denúncia, assinada pelo promotor Edinaldo Aquino Medeiros, aponta que Deusiane e a ex do policial chegaram a se encontrar e chegaram às vias de fato.
No dia do crime, Elson e Deusiane estavam no piso superior da base fluvial “Peixe-Boi”, enquanto outros quatro policiais se encontravam no piso inferior da embarcação. Em depoimento, eles afirmaram ter ouvido barulhos vindos da parte de cima, seguidos de um disparo de arma de fogo. Ao subirem, encontraram Elson e Deusiane caída no chão, ferida.
A versão apresentada pelo denunciado foi a de suicídio, sustentada também pelos depoimentos dos demais policiais, que relataram ter visto a vítima deitada com a arma ao lado. No entanto, o laudo pericial em armas e munições apontou que o armamento usado no disparo tinha o ferrolho alterado.
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