O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Parintins, Enéas Gonçalves, de 64 anos, e o ex-procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, 68, morreram hoje logo nas primeiras horas do dia em Manaus, vítimas de sequelas do tratamento contra a Covid-19. Ambos estavam internados em hospitais privados, o primeiro na clínica Check-Up e o segundo no Santa Julia.
Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, Gonçalves vinha de uma linhagem de políticos de sua família em Parintins, inaugurada pelo pai, o ex-deputado Glaucio Gonçalves. Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1986, aos 30 anos de idade, com a mais expressiva votação do interior do Amazonas. Em 1988 foi eleito prefeito de Parintins. Encerrado o seu mandato, garantiu, por mais três legislaturas, cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O retorno a Parintins, como prefeito, aconteceu no ano 2000.
Além dos mandatos públicos, também fez história no rádio do município amazonense. Ele era dono da Rádio Clube de Parintins, aonde nos últimos anos conduzia dois programas diários. Apoiador do atual prefeito, Bi Garcia (DEM), ele havia se retirado da política depois de tentar voltar à Assembleia Legislativa, sem conseguir.
“Chicão”
O ex-procurador-geral de Justiça do Amazonas, Francisco Cruz, lutava há pouco mais de um mês contra a doença causada pelo novo coronavírus, no hospital Santa Júlia, em Manaus. Ele também tratava um câncer, que estava controlado.
Nascido em Humaitá (AM), Francisco Cruz, conhecido como “Chicão” no meio jurídico, iniciou sua trajetória no Ministério Público do Amazonas (MPAM) em 1985, tendo atuado como promotor nas comarcas de São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro, Humaitá e Parintins. Alçado ao posto de procurador, foi eleito ao cargo de procurador-geral de Justiça em outubro de 2010, ficando no cargo por duas gestões. Em 1º de agosto de 2019, por aposentadoria voluntária, e passou a se dedicar à advocacia.
Cruz ainda passou pelo Governo do Estado, como secretário extraordinário do governador cassado José Melo (PROS) e concorreu sem sucesso ao cargo de desembargador em 2018, ficando em terceiro lugar na votação do Pleno do Tribunal de Justiça.
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