A vereadora Larissa Gomes (PSDB), sobrinha do deputado Doutor Gomes (PSC), teve que ser escoltada por policiais militares na saída da Câmara Municipal de Iranduba ainda há pouco, depois de ser a única dos dez parlamentares presentes na sessão a votar contra a instauração de um processo investigatório para apurar irregularidades na licitação do transporte escolar em 2017, que pode levar à cassação do prefeito Francisco Gomes da Silva, o Chico Doido (DEM).
Vaiada pelos populares presentes na galeria nos fundos do plenário quando declinou o voto, Gomes fez gestos condenando todos os que estavam na sessão, o que revoltou ainda mais os populares. Por isso ela precisou sair escoltada. Outros oito vereadores votaram a favor da instauração do processo e o autor da denúncia, George Reis (PV), que não poderia votar, foi substituído pelo suplente Walderley Farias de Oliveira (DEM), convocado especialmente para a sessão.
Chico Doido está isolado depois que os parlamentares se revoltaram com a armadilha que ele armou para colega Pedro Paulo Castro, o Pepê (PROS), há duas semanas. O vereador foi preso na saída da Prefeitura, depois de receber R$ 5 mil do prefeito, que chamou o Ministério Público do Estado para o flagrante. A revolta se deve ao fato de que o acusado sempre foi o maior defensor do chefe do Executivo na Casa. Os vereadores consideraram o ato uma covardia e prometem dar o troco, cassando o mandato de Silva.
Foram escolhidos para compor a comissão de investigação os vereadores Reginaldo Santos (PV), que vai presidi-la; Alessandro Carbajal (Podemos), que será o relator e Nedy Vale (PP), membro. Eles têm 90 dias para apresentar o relatório, mas prometem fazê-lo em menos tempo, uma vez que a denúncia já tramita na Casa há pelo menos dois anos e é do conhecimento de todos.
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Este post tem um comentário
Pior que destoar de todos (incluindo aí o Ministério Público e o Tribunal de Contas), é a falta de fundamento lógico e jurídico no voto da vereadora .