Dono de rádio de Manacapuru diz que prefeito o persegue depois que denunciou problemas da cidade

O empresário Rafael Palmeira, dono da tradicional rádio Palmeira FM, de Manacapuru, denunciou ontem, em seu perfil no Facebook, uma perseguição perpetrada pelo prefeito do município, Beto D´Ângelo (PROS), a ele e à sua família, que seria consequência das denúncias que o veículo de comunicação tem feito sobre os problemas enfrentados pela população.

O denunciante é filho do falecido empresário Pedrinho Palmeira. A família tem negócios em Manacapuru há 35 anos. Além da rádio, o grupo administra ainda postos de combustíveis e outros estabelecimentos comerciais. Eles chegam a ser parentes do prefeito e apoiaram sua eleição, em 2016.

“Estamos há 35 anos sofrendo com Manacapuru, nosso grupo passou por todo tipo de perseguição comercial e política, mas nunca como esta”, diz Rafael. “Meu pai investiu quando ninguém acreditava na cidade, ninguém fazia grandes investimentos pois não tinha expectativa de crescimento”, acrescenta.

“Estamos fazendo o dever de denunciar a calamidade que está Manacapuru: buracos, falta de remédio, promessas não cumpridas com a população, a nova política sendo a velha”, explica Palmeira, referindo-se ao jornalismo da rádio.

Segundo o empresário, depois das denúncias o prefeito determinou que o Instituto Municipal de Trânsito fizesse seguidas operações nos dois sentidos no Boulevard Pedro Rates de Oliveira, onde está localizado o principal posto da família. Com isso, o acesso ao empreendimento vem sendo muito dificultado, o que afeta o faturamento.

Palmeira relaciona a perseguição ao registro dos problemas pelo jornalismo de sua rádio. “O mínimo que podemos contribuir com o povo que sofre é falar o desserviço que você está fazendo com o povo”, afirma, dirigindo-se ao prefeito. “Seria bom se a cidade que você prega no Facebook existisse realmente”, concluiu.

Nos últimos meses, as denúncias sobre problemas em diversos setores de Manacapuru vêm se acumulando. O prefeito também é alvo de diversas denúncias. A Prefeitura não se manifestou.

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