Eu estava lá e vibrei com o Amazonas, numa linda festa de torcedores de todos os times que projeta um futuro melhor para o futebol amazonense (veja vídeos)

Me permitam escrever este post em primeira pessoa. Só assim consigo passar a impressão real do que vivi ontem na Arena da Amazônia ao lado de outros 44.499 pessoas que embalaram o Amazonas FC, time que surgiu em 2019, para a Série B do Campeonato Brasileiro. O placar final, de 2×0 contra o Botafogo da Paraíba, foi o de menos. Todos nós já sabíamos desde antes do jogo que o acesso viria. Então o que se viu foi uma grande festa amazonense, promovida por torcedores de todos os times.

O jogo valeu mais pelos primeiros 20 minutos. No embalo da torcida, Diego Torres abriu o placar aos 18 minutos em pênalti que nós, no estádio, não percebemos. O juiz levou nada menos que sete minutos para analisar o lance no vídeo, depois de ser chamado pelo VAR. Presenciamos de perto, portanto, a claudicância desse sistema no Brasil. Registrei o momento da batida e mostro pra vocês abaixo. Quatro minutos depois, aos 22, aí sim em jogada trabalhada pela esquerda, Rafael Tavares recebeu na área e finalizou para ampliar. A partir daí foi festa. O time paraibano até criou algumas poucas chances, mas o Amazonas FC não perdeu o controle do jogo, perdeu algumas chances na cara do goleiro e ainda ouviu a multidão grita olé em vários momentos, enquanto trocava passes envolvendo o adversário.

A festa ao final foi impressionante. Bem organizada. Profissional. Registrei também e mostro abaixo. Desde o início, aliás, o palco estava montado para uma grande celebração. Tudo absolutamente em paz. Torcedores de todos o times sem nenhum conflito. Famílias inteiras presentes. Um cenário de sonho.

Como não tenho ainda a camisa do meu Rio Negro, fui ao estádio com o presente que ganhei dos netos no ano passado: a camisa cinza estilizada do Fluminense. Foi de propósito. Uma homenagem a eles. Tomara que tenham motivos para torcer mais para o Amazonas FC, para o Galo, para o Nacional, para o Fast, enfim, para o futebol amazonense. Todos os que foram ao estádio vestidos de Flamengo, Vasco, Botafogo, Nacional, Fast, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e até Paysandu também torcem por este renascimento, tenho certeza. Aliás, bem ao lado do estádio, na rua Lóris Cordovil, funcionava a todo vapor uma base do time paraense, aliviada ao final depois da derrota por apenas 1×0 para o Volta Redonda no Rio, o que foi suficiente para o acesso em segundo lugar.

Há 24 anos, eu via o Fluminense vencer o São Raimundo no antigo Vivaldão e os dois subirem à série B. O time amazonense ficou na segunda divisão por três anos e o carioca foi direto à primeira divisão após uma virada de mesa do Clube dos 13. Até hoje tiram sarro do tricolor por causa daquele infeliz episódio. Depois foi a vez do Manaus FC chegar à série C, aonde permaneceu até este ano. O Nacional bateu na trave para subir neste 2023 à terceira divisão.

O Amazonas agora além de disputar a próxima edição da Série B, com os resultados do grupo, terminou o quadrangular final da Série C na primeira posição e jogará a final da competição contra o Brusque-SC, em dois jogos.

Quem sabe também o Governo do Estado se toque, proíba as peladas dos amigos do poder na Arena e cuide melhor do gramado para a disputa da série B. Um estádio majestoso como aquele merece um tapete bem cuidado. O que se viu ontem foi um charco. Até isso o Amazonas FC teve que superar para subir.

Veja abaixo os vídeos registrados pelo blogueiro, antes, durante e depois do jogo:

A foto na postagem é de Julcemar Alves

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