O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Wilker Barreto (PHS) defendeu, na manhã desta terça-feira (10), o Projeto Galerias Populares no Centro Histórico da cidade, implantado pelo prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) e disse ser favorável ao endurecimento do combate à prática de ocupação irregular, novamente, das calçadas do Centro.
Barreto condenou essa prática ao falar, da tribuna, a um grupo de ambulantes que ocupou a galeria da Casa Legislativa Municipal nesta manhã para cobrar agilidade na alocação nos camelódromos do Centro enquanto aguardam pelo funcionamento do Shopping Popular do Terminal T4. O segmento reclama que foi retirado das calçadas, que agora estão sendo ocupadas por camelôs de países vizinhos (estrangeiros).
“Sou a favor de endurecer o combate a essa prática, porque é difícil o comerciante formal competir com o que está vendendo na rua”, explicou. Segundo o presidente, o Projeto Galerias Populares é um sonho de R$ 120 milhões aplicados e encontrou dificuldades de implantação porque a economia brasileira está em “frangalhos”, disse o parlamentar.
Wilker Barreto esclareceu que o Shopping T4 ainda não abriu porque nenhuma empresa se dispôs em ser ‘âncora’ do shopping. “Com a economia ruim, ninguém tem coragem de abrir uma loja e olha que estamos falando de uma área que cresce”, garantiu ele, ao conclamar os ambulantes a não desacreditarem no projeto.
“O apoio de vocês ao projeto é importante”, assegurou o presidente, lembrando que a Casa Legislativa já trabalhou para a regularização dos mototaxistas, atendeu taxistas, os representantes do aplicativo Uber e colocou a Câmara à disposição para buscar soluções no caso dos camelôs. “Queremos um Centro bonito, com galerias como em São Paulo e outros centros comerciais”, completou.
Barreto deixou claro que a Câmara estará de portas abertas para resolver problemas, como os do Uber e camelôs. “Somos todos por uma Manaus justa, mas não podemos perder o foco, porque senão, quem sai perdendo para o comércio clandestino são vocês”, disse ele aos manifestantes. O vereador assegurou que jamais defenderá a volta da bagunça ao centro da cidade.
O presidente defendeu uma fiscalização ordeira no Centro. “Temos que ter a coragem de cuidar da nossa cidade. Precisamos salvar esse projeto”, destacou.
Uber
Sobre os aplicativos que aguardam por regulamentação, Wilker Barreto assegurou que o serviço é irreversível. “Como já falei para o Uber e taxistas, os aplicativos são irreversíveis. Vocês (taxistas) têm condições de competir, não precisa ter medo do Uber, mas aprender com cidades como São Paulo, que agora volta para regulamentar o serviço com mais de 50 mil inscritos. Os que moram em São Paulo estão prejudicados porque os do interior estão indo trabalhar na capital”, afirmou.
O presidente voltou a defender a regulamentação do Uber, com um mínimo quantitativo. “O mercado não se equilibra sem um ajuste. O certo é que o Uber, a Prefeitura, a Câmara e o Sindicato dos Taxistas têm que sentar à Mesa e sair com um formato que seja bom para Uber e Taxistas e, principalmente, para a cidade de Manaus. É pegar os erros e acertos das capitais onde já estão implantados com mais de três anos para não cometer os mesmos erros”, propôs.
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