Diante de inúmeros casos de assaltos a ônibus coletivos na cidade de Manaus, o vereador Professor Gedão Amorim (PMDB), em discurso na Câmara Municipal de Manaus (CMM), na manhã desta terça-feira (14), apresentou a Indicação n° 014/2017, que solicita à Prefeitura de Manaus o fim do pagamento em dinheiro nas catracas do coletivo da cidade.
A proposta precisa ser aprovada pela Mesa Diretora da Casa Legislativa para depois ser enviada para a análise do prefeito Artur Neto (PSDB), que decidirá pela aprovação da indicação. Ele destacou que em Campo Grande (MS) – em um mês de implantação do pagamento exclusivo no cartão – houve redução de até 90% nos assaltos no transporte coletivo.
“Pesquisamos sobre a causa dos assaltos ocorridos nos ônibus de Manaus e em 80% dos casos, o alvo é o cobrador e não os passageiros. Portanto, acredito que ao retirarmos o pagamento em dinheiro das catracas teremos um resultado efetivo na redução dos assaltos dentro dos coletivos”, declarou Gedeão.
Ainda de acordo com o vereador, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, quando se fala no fim do pagamento em dinheiro, a figura do cobrador não será extinta, mas ganhará mais importância, uma vez que nos Estados onde o profissional foi retirado, o processo de embarque se tornou mais lento, obrigando os empresários a readmiti-los.
Em números
Na capital amazonense, levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) mostra que de janeiro a outubro do ano passado, quase 3 mil assaltos aconteceram em coletivos, o que equivale a, aproximadamente, 9 crimes por dia e cerca de R$ 1 milhão levado das empresas concessionárias do transporte coletivo.
“Não podemos deixar de discutir amplamente alternativas como essa, porque muitas vezes devido ao senso comum se veta discussões, que podem trazer melhorias à nossa cidade”, declarou o vereador.
Ele reiterou que é necessário discutir e obter o conhecimento necessário para se firmar uma proposta viável a ser implantada. “Essa proposta tem sua eficácia comprovada em outro estado do país e peço a compreensão e apoio dos meus colegas para iniciarmos um projeto-piloto dessa modalidade em Manaus”, concluiu o Professor Gedeão.
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