Vereador coloca sob suspeita relatório que “enterrou” CPI da Amazonas Energia na Câmara de Manaus

O vereador Rodrigo Guedes (PSC) considerou como fruto de uma “relação político-institucional” o relatório da Procuradoria Geral da Câmara Municipal de Manaus (CMM), concluído ontem, depois de mais de 100 dias de espera, considerando a Casa incompetente para investigar a atuação da empresa Amazonas Energia na capital. “Enquanto isso, a concessionária continua ´deitando e rolando´ contra a população”, disse ele, insinuando que o presidente David Reis (Avante) tinha interesse no arquivamento do pedido, que foi assinado por quase metade dos parlamentares.

“Lamento e discordo do parecer. Lamento, acima de tudo, que um parecer de sete páginas tenha demorado cerca de cem dias para ser apresentado. Perdemos a oportunidade de investigar a Amazonas Energia através de uma CPI, que tem poderes semelhantes a da justiça”, afirmou o parlamentar.

O pedido da criação da CPI foi protocolado no último dia 22 de fevereiro, com a assinatura de 18 vereadores, além do próprio autor, e estava parada na Procuradoria da Casa. O alvo da CPI era apurar as ações abusivas cometidas pela concessionária, como o corte indevido no fornecimento de energia no período de calamidade pública e o descumprimento de decisões judiciais, tanto em períodos normais como durante a pandemia.

De acordo com Guedes, o documento estava de acordo com todos os elementos jurídicos necessários para a tramitação e consequente instalação da CPI, o que já foi realizado pelo Legislativo municipal em outro estado brasileiro.

“A Câmara Municipal de São Paulo investigou a concessionária local de energia em CPI há alguns dias e isso mostra que é possível. Perdemos uma grande oportunidade de frear os atos ilegais e imorais da Amazonas Energia. O único caminho agora são os demais instrumentos institucionais como Justiça, Ministério Público, Defensoria, mas o legislativo municipal perdeu uma oportunidade de proteger a população”, ressaltou.

O presidente David Reis, que está por trás do parecer da Procuradoria, tem feito uma gestão de costas para a população, afastando qualquer decisão ou iniciativa que beneficie a maioria do povo de Manaus.

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