Unidades de saúde de Manaus são certificadas por incentivar aleitamento

Oito Unidades Básicas da rede municipal de saúde recebem, no dia 8/6, no auditório da UBS Nilton Lins, na Avenida Professor Nilton Lins, 2344 – Flores, zona Centro-Sul, a Certificação na Estratégia Amamenta Alimenta Brasil (EAAB), do Ministério da Saúde (MS). Essas unidades de saúde e os funcionários passaram por amplo processo de adaptação de protocolos que os certificam para a adoção da estratégia.

“Nós vamos receber para a certificação, a equipe técnica da Política Nacional da Saúde da Criança e Aleitamento Materno, que foi a responsável pelos treinamentos, durante o processo de certificação. Isso nos dá uma enorme sensação de dever cumprido, assim como determina o prefeito Arthur Neto, e nos motiva a criar mecanismos para que outras unidades possam passar pelo mesmo processo”, disse o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.

Segundo a chefe do núcleo de Saúde da Criança e Adolescente da Semsa, Ivone Amazonas, nas oito unidades certificadas serão expostas placas indicativas da estratégia. Para atuar nessas Unidades Básicas de Saúde, 20 equipes foram treinadas e vão trabalhar em revezamento.

“A Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) – Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, foi instituída pela portaria n. 1.920, de 5 de setembro de 2013 e tem o objetivo de fortalecer as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável no âmbito da Atenção Básica”, declarou Ivone.

Critérios 

Cada uma das equipes passou por critérios necessários para certificação, entre os quais, o desenvolvimento de ações sistemáticas individuais ou coletivas para a promoção do aleitamento materno e alimentação complementar saudável, o monitoramento dos índices de aleitamento materno e alimentação complementar saudável. Inclui-se também a organização do cuidado à saúde da criança (fluxograma, mapa, protocolo, linha de cuidado) para detectar problemas relacionados à atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), o cumprimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos (NBCAL) para lactentes e crianças de 1ª infância, como bicos, chupetas e mamadeiras, além da participação mínima de 85% dos profissionais nas oficinas de trabalho sobre a EAAB realizadas nas UBSs e o cumprimento de ao menos uma ação de incentivo ao aleitamento materno e uma dos agentes comunitários de saúde, pactuadas no plano de ação elaborado na oficina.

O secretário Marcelo Magaldi, ressalta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a cada ano, um milhão e meio de mortes poderiam ser evitadas através da prática do aleitamento materno e que crianças em aleitamento materno exclusivo sofrem pelo menos duas vezes e meia menos episódios de doenças do que as que tomam substitutos de leite materno.

“É preciso levar em consideração que as crianças têm um risco 25 vezes maior de morrer por diarreia durante os primeiros seis meses, se não são exclusivamente amamentadas. Entre as crianças menores de um ano que não são amamentadas, existe o risco três vezes maior de morrer por uma infecção respiratória, do que as que são amamentadas”, completou Magaldi.

O índice de aleitamento materno no município de Manaus tem aumentado nos últimos anos. Em 1999, 24,4% dos bebês até quatro meses estavam em aleitamento materno exclusivo. Em 2008, este número aumentou para 41% até seis meses.

“Não há dúvidas quanto aos benefícios do aleitamento materno até dois anos ou mais e exclusivo até os seis meses”, afirmou Ivone Amazonas.

Com o avanço da Rede Amamenta Brasil, em 2011 o índice chegou a 48,51% de crianças em Aleitamento Materno Exclusivo, de zero a seis meses; crianças de seis a 11 meses, 75,10% e crianças de 12 a 15 meses, 63,42%;

Em 2012, já eram 53,14% de crianças em aleitamento materno exclusivo de zero a seis meses; crianças de seis a 11 meses, 75,59%; crianças de 12 a 15 meses, 64,91%.

De 2015 a 2017, com a implantação do Formulário Marcador de Consumo Alimentar (FMCA) houve maior integração dos Programas. O aleitamento Materno reduz em 13% a Mortalidade Infantil.

Unidades de Saúde com a EAAB implantada

Disa Oeste

UBS São Vicente de Paula – duas equipes;

Disa Norte

UBS Frei Valério Di Carlo – uma equipe;

UBS Fátima Andrade – três equipes;

Disa Leste

UBSF Ampliada Dr. Silas de Oliveira dos Santos – quatro equipes;

UBSF Enfermeira Josephina de Mello – três equipes

UBS Enfermeira Ivone Lima – cinco equipes;

UBS Dr. José Avelino Pereira – uma equipe;

UBS L 44 – uma equipe.

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