Por Marcel Alexandre*
Às vésperas da Páscoa, acordamos com a divulgação da lista de Fachin, onde representantes do Amazonas foram citados e estão sendo investigados na operação Lava-jato. Seria esse um desafio à morte ou à ressurreição?
O fato traz certa preocupação, porque é a imagem do Amazonas e são pessoas em quem depositamos fé pública. É preciso, entretanto, dizer que pelo fato de serem investigados, não significa que não sejam merecedores ainda do crédito que a população lhes deu quando neles votou. Nesse processo, porém, vão prevalecer alguns caminhos importantes:
- Apoio total à Lava-jato e às investigações;
- A investigação é algo bom, porque o resultado dirá se são ou não inocentes. Se forem inocentes, será validado o voto que lhes foi dado, a confiança será ampliada e a representatividade se fortalecerá. Se houver culpa, serão punidos e isso fortalece a democracia.
No processo democrático e na força e missão dos poderes, essa situação é totalmente positiva, porque é próprio do regime democrático que, havendo denúncias, investigue-se; havendo provas legítimas, puna-se; mas não havendo provas, isente-se.
No caso de inocência, o desafio posterior é a recuperação da reputação. Para muito além da reputação pessoal, porém, está a imagem política brasileira, a imagem pública, que está muito sofrida. Em um regime democrático, é preciso tomar isso como lição, olhar esse quadro como exemplo para que os políticos tomem cuidado com suas ações e ajam de acordo com a lisura que o cargo exige.
Mais uma vez, reforço meu apoio à Lava-jato para que se investigue de verdade e mostre se essa lista se tornará livro da vida ou da morte. Se houver inocência (porque existe a presunção da inocência e deve ser observada), os denunciados ficarão limpos em sua história política, porque foram investigados e foram inocentados. Se não, estarão no livro da morte e, infelizmente, estarão contribuindo para a morte da reputação e da credibilidade política que estamos enfrentando no nosso país.
Vem, então, o apelo à ressurreição, que é o surgimento de novos nomes políticos, que deixem essa história triste no passado e sigam uma rota nova e diferente.
*O autor é vereador pelo PMDB e apóstolo do Ministério Internacional da Restauração
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