Temendo pelo pior, grupo de cooperados da Unimed Manaus se organiza para exigir transparência da gestão

Um grupo de médicos cooperados da Unimed Manaus reuniu-se para tentar obter mais informações sobre a real situação da cooperativa. Dois deles foram ao Rio de Janeiro e visitaram a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Eles reclamam do sigilo mantivo pela diretoria com relação à auditoria feita pela empresa BKR e temem surpresas desagradáveis, principalmente depois de saberem que o Ministério Público Federal está investigando a situação.

O risco iminente de liquidação e a dívida, que segundo se comenta seria de algo em torno de R$ 350 milhões, sem contar os atrasos nos pagamentos, estão fazendo com que os cooperados se mobilizem.

Um economista ouvido pelo blog hoje estima que não há como salvar a Unimed Manaus sem um aporte financeiro imediato de, no mínimo, R$ 50 milhões, mas a empresa não teria crédito e nem credibilidade perante instituições financeiras, o que deixaria como possibilidade única a antecipação de todos os recebíveis dos cooperados por um longo período.

O grupo que esteve na ANS trabalha com a ideia de convocar uma Assembleia Geral Extraordinaria para pedir transparência total nos atos de gestão; revisão imediata de todos os contratos, considerados por muitos superfaturados; redução de, pelo menos, 30% dos valores gastos; enxugamento do custo da máquina administrativa, começando pela redução mínima de 50% dos super salários de conselheiros, superintendentes e da administração e criação de um grupo independebte de acompanhamento de gestão, que tenha acesso a todos os documentos, contratos e números da Unimed Manaus, para emissão de relatórios mensais aos cooperados sobre a real situação da cooperativa.

“Queremos que essa caixa preta em que se transformou a gestão da Unimed Manaus seja localozada, aberta e interpretada para os cooperados. Entra diretoria, sai diretoria e a falta de transparência continua”, explica um dos organizadores do grupo. “Não queremos assumir a gestão, mas sim que a diretoria preste contas do que está fazendo”, concluiu.

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