Sindicato dos Médicos insiste em pedir o impeachment do governador à Assembleia

O presidente do Simeam (Sindicato dos Médicos do Amazonas), Mario Vianna protocolou nesta quarta-feira (16/12) na Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), novo pedido de impeachment do governo Wilson Lima e do vice, Carlos Almeida. Durante entrevista coletiva à imprensa, o médico sindicalista explicou que a denúncia é baeasa em novos elementos probatórios que surgiram durante a Operação Sangria, deflagrada Polícia Federal (PF) e o relatório final da CPI da Saúde.

“O relatório final da CPI da Saúde confirmou todas as acusaões feitas por mim no primeiro pedido de impeachment. Agora não há o que se falar em falta de provas. São informações relevantes em relação ao genocida esquema de corrupção instaurada no Estado do Amazonas”, frisou o presidente do Simeam.

“São fatos semelhantes ao que aconteceu no Estado do Rio de Janeiro. Se o pedido anterior foi arquivado por falta de provas, nesse apresentamos elementos suficientes para que a voz do povo que clama por justiça, seja ouvida por aqueles que deveriam justamente representar os interesses da população”, declarou Mario Vianna.

O novo pedido de impeachment apresenta denúncias de prática de crime de responsabilidade e improbidade administrativa, querendo que seja decretada a perda do mandato público de Wilson Lima e Carlos Almeida, bem como a inabilitação para exercer função pública pelo prazo de cinco anos.

Dentre os elementos apresentados no novo pedido de impedimento, o médico sindicalista destaca a compra e o superfaturamento de respiradores mecânicos destinados à pacientes infectados pelo novo coronavírus. Mario Vianna acredita que os gestores públicos assumiram a responsabilidade de matar vidas ao adquirirem equipamentos inadequados para o tratamentos da doença.

“Quem mente rouba, quem rouba mata. É inadmissível que a gestão não sabia que esses aparelhos (ventiladores mecânicos) não são adequados para tratar pacientes em estado grave. Mortes poderiam ser evitadas se essa prática criminosa não fosse cometida por aqueles que tem a responsabilidade de preservar o coletivo”, disse Mario Vianna.

“Desse modo, enquanto a PF, o MPF e o STJ estão apurando os crimes dolosos praticados por Wilson Lima e Carlos Almeida, entendemos que essas autoridades já poderiam ser afastadas pela omissão e pelo mau emprego do dinheiro público, a menos que a ALEAM entenda que Wilson Lima e Carlos Almeida não tinham o dever de fiscalizar e de empregar deforma minimamente razoável o erário público”, diz trecho do documento protocolado pelo presidente do Simeam.

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