Segue o baile

Por Edilson Martins*

A reforma da Previdência vai sair.

É fato.

Talvez não como o país a deseje.

O lobby do funcionalismo público – Executivo, Judiciário e Legislativo – mais uma vez se torna hegemônico, ganha a disputa.

Paulo Guedes foi descartado do Congresso, Bolsonaro terça armas com os governos mais progressistas do Ocidente, prosseguindo em sua caminhada de insensatez.

Só uma alma leviana o envolve com a cocaína do avião de apoio.

E, no entanto, não deixa de ser um evento estúpido numa hora em que ele pede vênia para namorar, namoro hétero, com os noivos casamenteiros da Europa.

A eleição presidencial já foi detonada pelo próprio presidente, aqui entre nós, com apenas 6 meses de governança.

Certamente um erro.

Lula continua perdendo, apesar do posudo Cristiano Zanin.

Prossegue a campanha de implosão da Lava/Jato, conforme já aconteceu com dezenas de outras.

O general Santos Cruz, uma das reservas morais do Exército, acusa o Governo de ter grupos com “comportamentos de gangue.”

O PT e seus genéricos querem empurrar goela a dentro grampos criminosos, que se recusam a exames, buscando num vale-tudo tirar Lula da tranca.

Bolsonaro faz a opção preferencial pelo Rasputin de Virgília e por seus filhos seguidores do guru.

Humilha generais, demiti-os, e casos há em que os troca por um major reformado da PM do Rio.

E a reforma da Previdência, cada vez mais, fica devendo a Rodrigo Maia, aquele que dele nada se esperava, mas que está fazendo acontecer.

E segue o baile.

*o autor é jornalista