Recentemente alguém me perguntou: O que você acha da candidatura de um homem de 81 anos à prefeitura de Manaus? Minha resposta foi a de que não vejo problema em sua idade, pois já vi grande líderes assumirem o poder com um grande avanço de anos em suas vidas. O que vejo porem na figura citada, é um cansaço grandioso, que inclusive se manifesta em sua fala arrastada.
Estimulado por marqueteiros de plantão, o candidato quer mostrar um vigor que verdadeiramente não possui. Ao tentar demonstrar jovialidade, acaba servindo de meme nas redes sociais, o que definitivamente não cai bem em seu extenso curriculum.
O que leva então um homem nestas condições. A continua vida na política? Esta sede que o leva a caminhos tortuosos; sede que o leva inclusive a arriscar sua saúde em uma campanha desgastante.
É bom lembrar que as duas últimas passagens do candidato pela administração pública simplesmente foram marcadas por absoluta inércia: na condição de prefeito, deixou a cidade no abandono total e deixou uma pesada herança para o seu sucessor. Eleito Governador tampão, mostrou-se totalmente inoperante.
É claro que a experiência é um bom requisito. Porém, ela deve ser associada ao dinamismo que a função de prefeito requer. Não estou aqui a dizer que nossa figura citada esteja doente de morte. Estou a dizer que ele demonstra um notório abatimento em suas condições físicas, embora seus aliados neguem a realidade visível.
Creio que eleitor saberá distinguir entre propagandas marqueteiras e a realidade dos fatos. Bom seria se o candidato tivesse consciência e fosse descansar de suas lides porém, a sede pelo poder é maior que a sensatez!
Obs: Este texto foi escrito antes do resultado do 1 turno.
*O autor é pedagogo e pastor da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil