Existe de fato uma articulação política, mais barulhenta na mídia do que efetiva nos bastidores, para tirar a superintendente Rebecca Garcia da Superintendência da Zona Franca de Manaus. A demissão dela, entretanto, é mero boato. Não existe sequer uma conversa definitiva com o presidente Michel Temer para decidir sobre a questão.
Não existe qualquer motivo técnico para a demissão de Rebecca, que a bem da verdade conseguiu resolver pendências que estavam travando a atuação da Suframa, como a questão dos salários dos servidores e a precariedade das ruas do Distrito Industrial.
O problema é meramente político. O grupo comandado pelo senador Omar Aziz, que perdeu a eleição para a Prefeitura de Manaus, quer transformar a troca na Suframa numa espécie de revanche, na tentativa de emplacar um nome no cargo federal de maior relevância no Estado.
Rebecca continua tendo o apoio do senador Eduardo Braga e do prefeito de Manaus, Arthur Neto, que têm influência em Brasília.
O nome do deputado Silas Câmara, ventilado como possível substituto, é um blefe. Ele não pode assumir cargo de terceiro escalão sem renunciar ao mandato. É lei. O parlamentar, que pertence ao mesmo partido do ministro do Desenvolvimento, Marcos Pereira, está, sim, na articulação para tentar tirar Rebecca.
No final de 2015, dois filhos de Câmara chegaram a comemorar ruidosamente, em um restaurante da cidade, a nomeação de um nome indicado pelo pai à Suframa. O fato não se concretizou. Agora, há nova tentativa.
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Este post tem 2 comentários
Quem resolveu o problema dos salário dos servidores da Suframa foram os próprios servidores da SUFRAMA, a Rebecca, sequer, se dispôs a articular qualquer intermediação.
O blog acredita mesmo que uma questão como esta, hoje, seja resolvida sem interferência política. Acreditamos também em Papai Noel, Mula sem Cabeça e na competência do governo Melo.