Rotta declara que não vai comungar com relatório ‘chapa branca’

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Rotta declara que não vai comungar com relatório ‘chapa branca’

CPI do BNDES não deve proteger culpados, nem condenar inocentes, defende presidente da Comissão

O presidente da CPI do BNDES, deputado federal Marcos Rotta (PMDB-AM), declarou, nesta quarta-feira (3), na retomada dos trabalhos da Comissão, que não vai comungar com um relatório parcial.

“Já manifestei publicamente a minha expectativa e minha esperança neste relatório final. Que esta CPI não proteja culpados, mas que também não condene inocentes”, declarou, ao final da sessão, que começou às 10h30 e terminou por volta de 18h.

Rotta ressaltou que, ao longo dos meses de trabalho, a CPI conseguiu reunir “uma grande quantidade de informações oriundas das solicitações, das quebras de sigilos, das oitivas que promovemos, da investigação pessoal de cada parlamentar” para subsidiar os trabalhos dos sub-relatores.

O presidente da CPI informou que o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Comissão o envio de cópia digitalizada de todos os documentos referentes à investigação. “É de nosso interesse que o Ministério Público possa colaborar nesse procedimento investigatório e acima de tudo para que todos nós possamos atingir o nosso objeto, que é fazer da instituição financeira o banco de fomento do Brasil, cada vez mais próximo da necessidade e da realidade do povo brasileiro”, acrescentou.

Relatórios setoriais – Os documentos foram analisados por quatro sub-relatores, responsáveis por relatórios setoriais, apresentados nesta quarta-feira. O relatório setorial sobre financiamentos e contratos externos, de autoria da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), foi lido por André Fufuca (PEN-MA), que também apresentou seu relatório, sobre financiamento e entes federados.

O sub-relatório sobre participação de empresas ficou a cargo do deputado André Moura (PSC-SE), e o de financiamentos a contratos internos, a Alexandre Baldy (PSDB-GO). Três dos quatro documentos indicam irregularidades como tráfico de influência e favorecimento de empresas. Baldy sugeriu o indiciamento da esposa do governador de Minas Gerais, Carolina Pimentel e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Marcos Rotta elogiou a qualidade dos relatórios setoriais, avaliados como robustos e eminentemente técnicos pelo presidente da CPI. A leitura do relatório final, do relator José Rocha (PR-BA), está marcada para o dia 16. Caso haja pedido de vistas, a discussão será retomada no dia 18, após a sessão plenária.

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