Ocorre amanhã a eleição da nova diretoria que vai comandar o Sindicato dos Rodoviários do Amazonas, um dos maiores e mais barulhentos do Estado, pelos próximos quatro anos. Duas chapas concorrem – a número 1, de situação, comandada pelos famosos irmãos Oliveira, há 12 anos à frente da entidade, e a número 2, de oposição, comandada por Francisco Bezerra.

Na reta final da campanha, debate-se o aluguel do prédio onde funciona o Sindicato. A história recente do imóvel é no mínimo curiosa. Ele foi doado pela Prefeitura de Manaus à entidade no dia 21 de dezembro de 1981. Em 2007, após uma decisão judicial, ele foi leiloado. O empresário João Marcos Posseti o arrematou por R$ 200 mil e logo depois acertou a venda ao próprio Sindicato, por R$ 300 mil parcelados em seis vezes. Não houve, entretanto, a transferência devida e hoje o proprietário continua recebendo o aluguel mensal.

Os documentos registrados em cartório aumentam ainda mais a polêmica. Há seis recibos no valor de R$ 50 mil, que comprovariam a recompra. Existe ainda um contrato de compra e venda, que consta no 2º Ofício de Notas da Cidade Nova, assinado por Elias Sereno de Souza, vendendo o prédio a João Marcos Possetti, em 27 de setembro de 2007. Curiosamente, entretanto, o aluguel do prédio começa em 20 de junho de 2006, conforme documentos passados pelo 4º Ofício de Notas, antes portanto do leilão em que o empresário o arrematou.

Problemas do Sindicato com o Tribunal de Contas da União e com o Tribunal Regional do Trabalho também estão sendo debatidos na campanha.

Os rodoviários votam amanhã entre as 5h e 16h nas garagens das empresas de transporte de Manaus. têm direito a voto todos os associados.