“Reforma trabalhista aumentou o desemprego”, diz deputado

A taxa de desemprego no Brasil está na marca dos 12,4%. São cerca de 13 milhões de pessoas desempregadas, quase um milhão nos últimos três meses, além de 27 milhões com mão de obra subutilizadas e quase cinco milhões de desalentados, que acabam desistindo de procurar emprego por não terem perspectivas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram abordados com preocupação e de forma crítica pelo deputado federal José Ricardo (PT), na manhã desta terça-feira (2), no plenário da Câmara dos Deputados.

“Queria saber onde está o resultado da aprovação da Reforma Trabalhista e da Terceirização Total. Porque prometeram gerar mais de seis milhões de empregos. Mas, ao contrário disso, geraram quase um milhão de desempregados nos primeiros três meses de 2019. E agora tem mais uma ameaça aos trabalhadores. Com a extinção do Ministério do Trabalho (MP 270), com certeza irá agravar mais ainda o mercado de trabalho, pela falta de fiscalização em relação à desobediência da legislação trabalhista”, declarou José Ricardo.

Ele ainda criticou a paralisação de obras pelo país, já que os empresários da construção civil estão sem receber os recursos do Governo Federal, resultando em R$ 450 milhões em dívidas e talvez na demissão de mais de 50 mil pessoas nos próximos dias. E lembrou que o Programa Minha Casa, Minha Vida, que completa dez anos este ano, gerou mais de 1,2 milhões de empregos na época dos governos do Lula e da Dilma. “É bom lembrar que em dezembro de 2014, ainda no Governo da Dilma, foi atingido o menor desemprego da história do país – de 6,4%. E agora está mais do que dobrou, sem quaisquer perspectivas. Um governo de desastre e de desemprego”.

Mais Institutos Federais para o AM

O deputado José Ricardo apresentou na Câmara Federal a Indicação n. 306/2019, solicitando ao Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, providências necessárias para instalação de duas novas unidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), nos municípios de Manaus e de Boca do Acre, ambos no Estado do Amazonas. No documento, ele sugere que a unidade da capital seja instalada na zona Norte, umas das áreas mais populosas de Manaus.

“Ampliar o acesso à educação a um maior número de beneficiários ajuda a diminuir as desigualdades sociais e a qualificar a população para as demandas que requer cada vez mais domínio de recursos, conhecimentos técnicos e mão de obra qualificada e preparada para os desafios pessoais e profissionais”, destacou o parlamentar, ao lembrar que, em 2008, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou o Decreto Lei Nº 11.892, criando 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, dentre eles, o Instituto Federal do Amazonas, com cerca 15 unidades em todo estado.

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