Chegou a hora da verdade. Até o dia 5 de agosto, daqui a 13 dias, todos os partidos deverão definir em Convenções seus candidatos a prefeito e a vereador. A reta final das articulações começou para valer no último final de semana, quando os primeiros partidos realizaram seus eventos, a exemplo do PC do B e do PMB. Três perguntas atraem mais a atenção do meio político: quem será o vice do prefeito David Almeida (Avante)? Quem será o vice do presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cidade (UB)? O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) vai mesmo ser candidato?
Não será tão simples para Almeida escolher um vice. Ele tem dito que será o dono da vaga, mas na semana passada um de seus aliados preferenciais, o senador Omar Aziz (PSD) fez um movimento forte: foi ao Radar Amazônico, site que se posiciona na oposição ao prefeito, e concedeu longa entrevista com vários recados. O parlamentar faz o jogo de 2026, quando pretende ser candidato a governador. Por isso, indicar o companheiro de chapa do atual chefe do Executivo Municipal é fundamental. O receio é de que, reeleito e com um vice de sua total confiança, como Renato Junior e Shádia Fraxe, Almeida se aventure em uma candidatura ao Governo daqui a dois anos. Por isso, os dois devem ter uma conversa tensa nos próximos dias.
Já Amom Mandel tem um nome preferido para compor sua chapa: o da juíza aposentada Maria Eunice Nascimento. Ele sofre leve pressão do grupo ligado ao governador Wilson Lima (UB) para escolher alguém da confiança deste, já que é um dos nomes que o chefe do Executivo Estadual alimenta na disputa pela Prefeitura de Manaus. Mas a escolha deve ser mesmo do deputado, com aval do senador Plínio Valério (PSDB).
Pressão mesmo sofre Alberto Neto. Ele sumiu das ruas depois que o governador decidiu investir contra a sua candidatura e demitiu indicados por ele para cargos no Governo. Também entrou em rota de colisão com o presidente estadual do PL, Alfredo Nascimento. Mas tem ainda suporte da Direção Nacional do partido e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por isso resiste em anunciar a desistência, mas para manter-se na raia só tem uma alternativa: convencer a reitora da Fametro, Maria do Carmo Seffair (Novo) a ser sua vice. Ganharia um fôlego extra, garantiria uma estrutura mínima para a disputa e restaria convencer seu principal apoiador a vir a Manaus pelo menos mais uma vez para ter alguma chance de chegar ao segundo turno.
Roberto Cidade, por sua vez, conta com a desistência de Alberto Neto. E tem um nome preferido para ser seu vice: o deputado estadual Delegado Pérciles (PL). Se a articulação para capturar o partido de Bolsonaro não der certo, outro bolsonarista pode ser escalado para compor chapa com ele: o Coronel Menezes (PP).
Cidade e Alberto Neto abriram um canal de comunicação direto entre eles na última semana, sem a mediação do governador. Devem sentar para uma conversa definitiva nos próximos dias.
À esquerda, Marcelo Ramos (PT) ainda tenta convencer PSol e PSB a apoiá-lo. Sabe que só não tem chance de convencer o PSTU. Vai tentar manobras em Brasília para conseguir o intento.
A Wilker Barreto (Mobiliza) e Gilberto Vasconcelos (PSTU) disputarão a eleição com chapa puro sangue e quase nenhuma chance de sucesso.
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