Após a reforma eleitoral, que deve ser fechada hoje em Brasília, terá início uma corrida para rearrumação de partidos no Amazonas, assim como em outros Estados. A dança tem como foco a eleição geral de 2018. As principais mudanças podem ocorrer no PSB, dirigido há três décadas pelo deputado Serafim Corrêa, e no PTB, que aguarda uma definição da família do deputado Sabino Castelo Branco, internado há mais de um mês, após sofrer um acidente vascular cerebral.
No caso do PSB, tudo vai depender da eleição do diretório nacional. Serafim alinha-se à ala tradicional do partido, que tem como candidato a presidente o atual comandante da legenda, Carlos Siqueira, que praticamente “herdou” a sigla após a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Do outro lado está o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que conseguiu nos últimos dias arregimentar apoios por conta da perspectiva de assumir o Governo, com o licenciamento do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
França é muito amigo do deputado amazonense Hissa Abraão (PDT). Os dois já participaram juntos de vários eventos na Fundação Mangabeira Unger. Seria o parlamentar a alternativa do grupo de oposição para assumir o PSB no Amazonas, o que reforçaria a bancada socialista na Câmara Federal.
Vale ressaltar que o diretório local do PSB é provisório, o que facilitaria a troca.
Além disso, Hissa precisa de um partido para chamar de seu. A eleição de Amazonino Mendes minou boa parte de sua influência no PDT. E a relação com o presidente nacional da legenda, Carlos Luppi, é instável.
PTB
O PTB aguarda a definição da família do deputado Sabino Castelo Branco para decidir o que fazer no Amazonas. O partido precisa eleger pelo menos um deputado federal no Estado para evitar qualquer problema com as novas regras eleitorais.
Se a família sinalizar que Sabino não terá condições de participar do processo eleitoral, a tendência é que o partido entregue a direção estadual a algum político de destaque no cenário local. O favorito é o deputado David Almeida, ex-governador interino e presidente da Assembleia Legislativa. Já houve conversas neste sentido.
LILIANE
Destaque na eleição suplementar e bastante badalada no meio político nos últimos meses, a jornalista Liliane Araújo, que deixou o PPS, procura novos rumos e também negocia para assumir a direção regional de algum partido. Ela promete anunciar novidades em breve.
