Prosamim vai ter 24 quilômetros de esgotamento sanitário

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus e Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), vai implantar 24 mil metros de rede de coleta de esgoto em nove sub-bacias da capital amazonense, além da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), através do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). Os trabalhos começaram oficialmente esta semana pela sub-bacia 7 do São Raimundo, localizada na Rua Santa Luzia, no bairro Presidente Vargas, Zona Sul.

Para o coordenador da UGPE, Claudemir Andrade, a implantação do sistema de esgotamento sanitário, assim como a ETE, fecha um ciclo importante de trabalho realizado pelo Governo do Estado. “O projeto do Prosamim 3 de implantação da rede de esgoto, casado com a construção da ETE, estava parada há muito tempo. O Governo do Estado, dentro dessa nova gestão que assumiu em outubro, tomou para si essa responsabilidade e solucionou.  E nós temos agora um casamento perfeito, com habitações adequadas e o saneamento dessa região central de Manaus. Implantar esses 24 mil metros de rede de esgoto e construir a ETE fecha um ciclo, temos um programa de saneamento, realmente fazendo saneamento”, afirmou o coordenador.

Na segunda-feira (27/08), foi realizada a marcação topográfica, que significa o corte do asfalto no trecho onde o esgoto será implantado. A escavação para o lançamento e execução da rede de esgoto começou na manhã desta terça-feira (28/08), o serviço contou com a presença de engenheiros civis, ambientais, técnicos de edificações, técnicos da segurança do trabalho, bombeiro hidráulico, além de um fiscal da Manaus Ambiental.

O bairro Presidente Vargas faz parte do projeto da Nova Avenida de Manaus, que vai ligar a Zona Oeste ao Centro, por isso, além dos serviços da implantação da nova rede de esgoto, já foi realizado no local o trabalho de recuperação urbanística e paisagística. “De acordo com informações do engenheiro ambiental da Quanta Consultoria, Francisco Paiva Júnior, sem um sistema de esgotamento sanitário adequado, todo o efluente gerado pelos moradores do Presidente Vargas e do entorno também era jogado diretamente no igarapé, contribuindo diretamente para a poluição do rio Negro. “A partir do momento que você passa a destinar e a tratar corretamente esse esgoto, você evita um dano ambiental muito grande, que é o descarte desse efluente diretamente dos igarapés de Manaus. Então, só esse benefício somado a toda recuperação urbanística do entorno, a retirada das palafitas, as casas que também jogavam indiretamente o esgoto no corpo hídrico, essas duas atitudes já trazem um benefício ambiental enorme”, comentou o engenheiro ambiental.

O gerente de produção das obras do Prosamim, Rodrigo Leonardo Bueno, explicou que os trabalhos da rede de coleta de esgoto começaram pela sub-bacia do São Raimundo por uma questão de logística. “Iniciamos os serviços por aqui em virtude de estarmos próximos do canteiro de obra do viário. Por enquanto, contamos com uma equipe, mas nas próximas semanas teremos até 12 equipes trabalhando simultaneamente em todas as sub-bacias. De acordo com o nosso cronograma as obras de implantação dos 24 mil metros de rede de esgoto devem ser finalizadas no primeiro semestre do próximo ano”, comentou o gerente.

População satisfeita – Quitéria Negreiros, artesã, 53 anos, disse que está feliz com o andamento da obra. “Tenho certeza que quando os trabalhos forem concluídos a vida dos moradores daqui mudará para melhor, aliás, já mudou. Isso aqui era muito feio, agora está lindo, sem falar na questão da saúde mesmo. A implantação dessa rede de esgoto adequada é muito importante para todos nós”, comentou Quitéria, que morou durante 30 anos no bairro e hoje vai lá apenas para visitar a mãe.

Além de poluir os rios, a falta de um saneamento básico causa, entre outras coisas, doenças de veiculação hídrica, como leptospirose, dengue, amebíase e hepatite. Por isso, a professora Ana Paula Correa, 38, acredita que a implantação da rede de coleta de esgota vai melhorar a qualidade de todos os moradores da região. “Estávamos mesmo precisando de um novo tipo de esgotamento, algo que nos desse mais segurança em relação a nossa saúde. O igarapé estava muito poluído e isso causava muitas doenças, principalmente diarreia, que atinge logo as crianças, mas agora não corremos mais esse risco. Com essa rede de esgoto estaremos longe das doenças e mais perto de uma vida saudável e feliz”, comentou a professora.

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