Em análise de conjuntura com foco central nas contrarreformas que estão sendo propostas pelo governo Temer, realizada durante Assembleia Geral nesta terça (18), professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) reforçaram a necessidade da categoria se inserir no chamamento público das centrais, sindicatos e movimentos populares para a greve geral no dia 28 deste mês. Para o dia de paralisação das atividades, os docentes contam com a parceria dos técnico-administrativos em educação e dos estudantes da instituição.
A adesão da comunidade acadêmica ao dia de paralisação marcado para o fim do mês de abril, em todo o país, é uma resposta não só dos trabalhadores e estudantes, mas de toda a sociedade brasileira aos ataques promovidos pelo governo Temer, com apoio do Legislativo e Judiciário, ao impor a retirada de direitos duramente conquistados e consagrados na Constituição Federal de 1988.
Durante a AG, a categoria docente aprovou por unanimidade a greve geral e junto com a ‘Frente de Lutas Fora Temer de Manaus’ construirá as atividades do dia 28, às 15h, na Praça do Congresso, no Centro de Manaus.
Análises
Em fala acalorada o professor do curso de Ciências Sociais da Ufam, Marcelo Seráfico chamou a atenção dos presentes para o cenário de desigualdades e falta de esperança enfrentado pelo trabalhador na atualidade, comparando o mesmo aos idos de 1887, período da pré-escravidão.
“Há dois grupos, hoje, os que lutam por melhorias trabalhistas já garantidas pela Constituição Federal e os que estão vendendo sua mão de obra e ingressando no mercado de trabalho agora sem perspectiva de terem seus direitos garantidos. Os sindicatos que têm o papel de defender os direitos trabalhistas passam por um processo sistemático de desmoralização inclusive pela imprensa”, afirmou.
Reforçando a necessidade de fazer um chamamento público contra os desmandos e perdas de direitos promovidos pelo governo, o também professor do curso de Ciências Sociais, Antônio Oliveira (Neto) convocou a comunidade acadêmica a promover uma “agitação popular” através da intensificação de políticas de mobilização nas unidades acadêmicas.
“Observamos um ataque intenso à classe trabalhadora no mundo e há uma reação intensa desta classe em nível mundial. O Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 realizado no dia 15 de março provou na prática que há insatisfação. Vinte e oito de abril é Dia de Greve Geral. Nós temos que parar a Ufam”, afirmou.
Preparação
A construção da greve geral do dia 28 será dia 20 de abril, às 9h, no auditório da seção sindical (Estrada do ICHL, no Campus Universitário).
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