O presidente do Conselho Regional de Medicina, médico José Bernanrdes Sobrinho, fez um desabafo sobre a situação em que se encontra a saúde do Estado, durante entrevista coletiva. Ele afirmou que seus colegas estão sendo vítimas de uma situação caótica. “Chegamos ao fundo do povo na saúde do Estado”, afirmou.
“Todo paciente precisa ter atendimento ágil, com tecnologia apropriada, privacidade e conforto. Isso não existe mais no Amazonas”, disse ele. Sobrinho relatou o caso de um paciente que morreu há 10 dias por falta de uma prótese que resolvesse a situação causada por um tiro. “Era um procedimento simples, mas não tinha material”, disse ele.
“Há pessoas morrendo por falta de hemodiálise. É uma vergonha. Nos últimos dois anos o Amazonas não realizou sequer um transplante de rim. Em Fortaleza eles fazem três por semana. Em Rondônia o procedimento vem sendo realizado. No Acre também. Aqui não”, desabafou. “Não tem anticoagulante nos hospitais. Falta antibiótico. Uma artereografia demora dois ou três meses. A tomografia do 28 de Agosto, nosso maior Pronto Socorro, não está funcionando. Ás vezes pedimos cinco, seis exames e só conseguimos fazer um ou dois. As pessoas não podem esperar”, acrescentou.
Segundo Sobrinho, uma cidade como Manaus, com mais de dois milhões de habitantes, já deveria ter o seu serviço de verificação de óbito. “As pessoas morrem em casa e não há como emitir certidão sem que o corpo seja enviado ao IML”, disse ele.
O dirigente disse que a entidade não poderia mais se omitir diante da situação.
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