Presidente da Câmara ataca empresários do transporte coletivo

O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Wilker Barreto (PHS) ocupou a tribuna na manhã desta quarta-feira (25) e criticou os empresários do transporte público pela não renovação da frota do transporte público da cidade de Manaus. O vereador assegurou que o Poder Legislativo Municipal não vai se acovardar em relação aos ônibus novos que deveriam ser entregues, conforme foi acordado pela Prefeitura de Manaus, por ocasião do reajuste da tarifa de ônibus em R$ 3,80.

“A renovação da frota na cidade com mais de 2,2 milhões de habitantes é necessária. A Lei Orgânica do Município de Manaus (Loman) é clara. O empresário não precisa ser lembrado para renovação da frota. Está na Lei”, disse ele, que não está convencido de que o sistema de transporte público é deficitário, como dizem os empresários. “Quando um sistema é deficitário, pedem pra sair, mostram os números. Não justifica em hipótese nenhuma a não renovação da frota”, argumentou.

Wilker Barreto sugeriu que se as empresas não têm condições de colocar 300 ônibus com ar-condicionado, que substitua por 500 ônibus novos sem ar-condicionado. “Aumentem então o quantitativo da frota. O que não dá é para aceitar de não fazer a renovação da frota porque não tem dinheiro. Nos temos a Comissão de Transporte e vamos convidar o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas) . Não vamos nos curvar de combater esse tipo de atitude”, disse.

Para o presidente da Casa, só existe uma forma de conversa com os empresários. “Se não quiserem renovar a frota, terão que baixar essa tarifa. Não querem assumir esse custo de renovação da frota, então não é justo com a população”, enfatizou Barreto ao ressaltar, de forma irônica, que não está vendo empresas de transporte pedindo concordata e nem ajuizando falência. “Essa conversa fiada não vai pegar aqui”, desabafou.

Wilker aproveitou também para criticar a iniciativa, considerada desastrosa e egoísta do Espírito Santo em criar uma Zona Franca seu Estado. “A ZFM é um modelo exitoso de preservação do Meio Ambiente. Se isso acontecer, serei o primeiro a defender o modelo extrativista do Pará como matriz do desenvolvimento para a nossa Região”, ameaçou.

Para Wilker Barreto, o Amazonas não pode pagar com a miséria e passar fome pela preservação da floresta. “Quando se está na Câmara Federal ou no Senado não pode olhar só para o seu umbigo. Tem que ser uma política estratégica de Nação. A tramitação do Projeto de Zona Franca para o Espírito Santo mostra pequenez”, disse.

O presidente da Casa Legislativa Municipal afirmou que diante dessa situação não poderia ficar calado. “É importante nossa presença na votação para protestar”, assegurou. “Rasgam a Constituição Federal. A Zona Franca de Manaus é patrimônio do Brasil”, disse.

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