Presença de Wilson em reunião de novo comitê, em Brasília, mostra proximidade com Bolsonaro

O governador Wilson Lima (PSC) foi um dos cinco convidados para uma reunião hoje com o presidente Jair Bolsonaro e representantes dos demais poderes, em Brasília (DF), ocasião em que foi lançado um comitê de combate à pandemia, formada por membros de diferentes poderes. A presença do representante do Amazonas mostra uma proximidade com o chefe da Nação, já que a assessoria deixou claro que só foram chamados os “aliados”.

Mesmo quando foi atacado por Bolsonaro, no auge da pandemia no Amazonas, Wilson não reagiu, o que contou para que ele fosse considerado um aliado. Além dele, participaram do encontro os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Paraná, Ratinho Junior (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) e de Rondônia, Marcos Rocha (sem partido). Nenhum representante do Nordeste compareceu.

No encontro comandado por Bolsonaro, que reuniu representantes do Legislativo, Judiciário e de instituições independentes, e  governadores convidados, ficou definida a criação de um comitê que se reunirá semanalmente e, ainda, que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, será o encarregado de levar para o grupo os pleitos dos governadores.

“Eu fiz um apelo ao presidente da República para que haja agilidade no processo de compra de vacinação e que a gente tenha a disponibilidade da maior quantidade possível de doses. Que haja também um equilíbrio entre a proteção da vida e a flexibilização das atividades econômicas porque as pessoas precisam, também, continuar com seu emprego, continuar garantindo o sustento das suas famílias”, disse o governador do Amazonas.

Demandas do Amazonas – A pauta defendida por Wilson Lima foi entregue, na íntegra, ao novo titular do Ministério da Saúde (MS), Marcelo Queiroga, com quem o governador conversou. No documento, Wilson Lima alertou para a necessidade de inserir as gestantes e puérperas no grupo de risco para vacinação, além de um orçamento para a Saúde maior do que foi aprovado pelo parlamento e do maior controle sobre a prioridade na compra de insumos para assistência à saúde.

A prioridade defendida pelo governador é a situação de gravidade de cada unidade da federação. Hoje, por exemplo, muitos estados enfrentam problemas para adquirir kits para intubação de pacientes diagnosticados com Covid-19 e que tiveram o estado de saúde agravado.

Além do fortalecimento dos recursos humanos por meio da Força Nacional do SUS, aquisição de condensadores e miniusinas de oxigênio para os municípios do interior e de outras medidas no campo da saúde, Wilson Lima defendeu o retorno do Auxílio Emergencial e o apoio do Governo Federal aos pequenos empreendedores.

O ministro Marcelo Queiroga garantiu que, como o comitê é formado pelos Poderes, haverá o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) articulado nos três níveis – União, estados e municípios – para prover à população brasileira, com agilidade, uma campanha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus.

“Fortalecer a assistência (à saúde) nos três níveis, municípios, estados e União, com a criação de protocolos assistenciais capazes de mudar a história natural da doença. O sistema de saúde do Brasil dará as respostas que a população”, afirmou Queiroga.

Além da criação do comitê, Jair Bolsonaro defendeu a vacinação em massa dos brasileiros. “A nossa união, o nosso esforço entre os três Poderes da República, ao nos direcionarmos para aquilo que realmente interessa, sem que haja qualquer conflito, creio que seja o caminho para o Brasil sair dessa situação bastante complicada”, declarou o presidente.

O Supremo Tribunal Federal (STF) não participará diretamente do comitê, mas o presidente da Suprema Corte, ministro Luiz Fux, disse que o Poder Judiciário verificará estratégias para evitar a judicialização das medidas a serem adotadas. Ele justificou que a judicialização é um fator que leva à demora na tomada de decisões.

 

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