Falta muito pouco para que o deputado Jair Bolsonaro anuncie sua filiação ao Partido da República, que é comandado no Amazonas pelo deputado Alfredo Nascimento e teve Marcelo Ramos como candidato a prefeito de Manaus nas eleições deste ano. A articulação é boa para ambas as partes: para o partido, significa ter um nome de peso disputando a eleição presidencial e para o pré-candidato a presidente a garantia de tempo na TV suficiente para apresentar suas propostas.

A informação chegou ao blog por meio de uma fonte ligada ao ex-deputado Waldemar Costa Neto, que é a eminência parda do PR e toma as principais decisões da legenda.

Bolsonaro deixou recentemente o PSC, partido ao qual estava filiado. Ele saiu queixando-se de que a legenda não tinha cumprido com ele alguns compromissos firmados e passou a buscar abrigo em alguma legenda que lhe garanta a disputa presidencial. Ele é hoje o segundo colocado em todas as pesquisas espontâneas realizadas pelos principais institutos de pesquisa.

A entrada do deputado carioca no PR não afeta tanto Alfredo Nascimento, mas completa um ciclo estranho para Marcelo Ramos, que iniciou a carreira no Partido Comunista do Brasil, na extrema esquerda, e poderia agora chegar à extrema direita, subindo no palanque do ultra radical líder dos movimentos conservadores do país. Seria a prova mais concreta de que o candidato derrotado a prefeito de Manaus não tem apego a ideologias nem à coerência política.