Política não é papel das Forças Armadas

Entendo que as Forças Armadas deveriam cuidar daquilo que é o seu papel constitucional, cuidar da Soberania do Brasil, da Defesa Nacional contra qualquer ameaça externa. Na parte da política, não é o papel das Forças Armadas. Estamos vivendo um Governo militar e alguns generais estão querendo impor regras, inclusive, que não estão na Constituição Federal. Não sou contra a participação de ninguém na política. Mas, se quiser ser político ou militante político, que saia das Forças Armadas e assuma seu papel como militante político.

Temos que garantir a democracia, as eleições. E o voto é o resultado das eleições. Nós tivemos um golpe no Brasil. Não foi aceito o resultado das eleições de 2014, por capricho, e o país sofre hoje com mais de meio milhão de mortes pela pandemia, em grande parte, por irresponsabilidades e omissões do atual Governo Federal, além do contínuo aumento da miséria e da fome por falta de políticas públicas efetivas.

Sobre o voto eletrônico, temos experiência de vários anos. Até agora, não mostrou problemas. Nenhum indício e nenhuma denúncia efetivamente de fraudes. Inclusive, o atual presidente foi eleito e reeleito várias vezes e por que só agora questionar? Sem falar que ele ganhou numa eleição apertada, mas não questionou sua vitória ou o sistema eleitoral que o elegeu.

Assim, esse general tem que começar a respeitar a Constituição. Está no lugar errado, querendo misturar o papel das Forças Armadas com a política, para fazer a gestão do país e tentar mudar o processo eleitoral. Está totalmente fora do que prevê a Constituição Federativa do Brasil.