Policial e mãe: a rotina de quem vive perigosamente, mas não esquece de casa

Ser policial não é tarefa simples, assim como ser mãe também não é. Quando o desafio é duplo, essas mulheres conseguem desempenhar essa missão com amor e responsabilidade. No domingo (09/05), é comemorado nacionalmente o Dia das Mães. Servidoras da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) falam sobre os desafios para conciliar o amor pela profissão e pela maternidade.

A rotina de tantas outras mulheres que adaptam a atividade profissional com a vida de mãe, é representada pelas histórias de uma delegada, uma investigadora e uma escrivã da PC-AM, que destacam quais são os desafios e as recompensas dessa dupla jornada.

Maternidade no começo da carreira

A delegada Grace Jardim, titular do 3° Distrito Integrado de Polícia (DIP), que está na carreira policial desde 2014 e é mãe de uma menina de cinco anos, conta que teve sua filha após um ano de profissão. “Minha filha nasceu em 2015, após um ano que eu estava como delegada. Foi uma experiência maravilhosa. Pude amadurecer bastante, trazer para casa as lições que aprendia no trabalho, e conciliar com a maternidade”, contou.

Ela relatou que não teve dificuldade em se ajustar à dupla rotina, graças a uma rede de apoio formada pelos pais dela. Grace Jardim detalhou que, por conviver diariamente com a violência e a criminalidade nas inúmeras diligências do cotidiano policial, tenta passar para a filha, da melhor forma possível, os valores e os exemplos para conquistar grandes coisas na vida.

“Temos uma relação muito boa, de amor, carinho e afeto. Tento passar a ela a necessidade da prática da empatia e sempre dou o exemplo do que uso no meu trabalho”, contou a delegada.

Obstáculos vencidos com dedicação

Mãe de dois meninos, um de 24 e outro de oito anos, a investigadora Juliene Santos, que é policial civil há 10 anos e está lotada na Unidade de Apuração de Ilícitos Penais (Uaip), disse que preza muito pelo privilégio de ser mãe, e mantém esse cuidado como sua prioridade.

Ao entrar para PC-AM, o primeiro filho já tinha 14 anos. Ela conta que no início a adaptação foi um pouco complicada, mas com dedicação e bastante conversa, conseguiu com que ele se acostumasse com a nova rotina. “Mesmo na correria do dia a dia, faço questão de estar sempre presente. Sou uma mãe presente e zelosa”, descreveu ela.

Já para o segundo filho, é uma grande diversão ter uma mãe policial. “Ele tem muita admiração pela profissão e pela farda, provavelmente vai ingressar cedo nas Forças Armadas ou Polícia Militar”, citou.

A escrivã Francione Araújo comentou que a maternidade aflorou ainda mais sua sensibilidade em relação às situações que envolvem famílias e, principalmente, quando há crianças e adolescentes. Ela entrou para a carreira policial em 2001 e conta que os filhos são a motivação para encarar os desafios do cotidiano.

“Eles são os presentes que Deus, nunca desisti de lutar por eles. Me orgulho da minha carreira e tudo que vivi e ainda vou viver na PC-AM. Aprendi a buscar forças mesmo quando acreditamos não ter; e a ter coragem de lutar mesmo quando tudo parece perdido. Sou muito grata por ser mãe e fazer parte da Polícia Civil”, enfatizou ela.

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