Polícia emitiu 275 mil RGs no ano passado, metade de renovações

Mais da metade dos 275 mil Registros Gerais (RG) emitidos no Amazonas, no ano passado, foi renovação de vias para cidadãos que já tinham a primeira impressão do documento, mas que decidiram atualizá-lo. A corrida aos postos de identificação decorre, principalmente, de uma informação falsa: a de que o RG tem prazo de validade.

Casos de perdas e extravios pela falta de zelo também motivam cidadãos a tirar um novo RG. De acordo com dados do Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo, do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC-AM), em 2019, do total de 275 mil documentos expedidos, 133 mil foram primeiras vias, o que representou cerca de 48%. Já as renovações totalizaram 142 mil documentos, algo em torno de 52% das expedições totais.

A falta de cuidados com o RG custa caro aos cofres públicos. No Amazonas, o documento é gratuito ao cidadão, mas custa em torno de R$ 40 a unidade, segundo levantamento do órgão.

“É importante que o cidadão tenha zelo com seu documento, pois é através dele que o indivíduo irá ter acesso e usufruir dos direitos brasileiros. Não há uma determinação de proibição da plastificação, então informamos ao cidadão que tenha cuidado com seus documentos e o guarde em um local que ajude a preservá-lo, como o porta-documentos semelhante ao utilizado na CNH”, afirmou o perito Ivan Farias, gerente de Identificação Civil do Instituto de Identificação.

Naqueles casos em que o documento for perdido em função de crimes de roubo e furto, a orientação é que um Boletim de Ocorrência seja feito. Essa é uma medida de segurança ao cidadão, que o resguarda em caso do documento ser utilizado por criminosos.

RG não tem validade

De acordo com a Lei 7.116/1983, a Carteira de Identidade terá a sua validade por prazo indeterminado, a não ser em casos de alteração de dados, danos de conservação, alterações na característica física do titular e mudanças na assinatura. Vale lembrar que não há um limite determinado para a retirada do RG.

O documento de identidade pode substituir o passaporte em países do Mercosul (Mercado Comum do Sul). Nesses casos, para quem vai viajar a estes países, a recomendação é que o RG tenha sido expedido nos últimos dez anos. Essa medida é mais em virtude de regras locais dos países do que quanto à validade de documentos oficiais.

Recém-nascidos

A emissão de RG para recém-nascidos não é necessária. A legislação brasileira não estabelece idade para o porte do documento. Mesmo assim, muitos pais buscam tirar a identidade do filho logo após o nascimento, o que também é uma medida pouco efetiva.

Segundo o Instituto de Identificação, no desenvolvimento do recém-nascido, há um grau de dificuldade na retirada da coleta papilar, conhecida popularmente como impressões digitais.

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