Parte dos índios venezuelanos vão retornar para casa no dia 2 de abril

No próximo dia 2 de abril, órgãos federais, estaduais e municipais, além de representações da sociedade civil, promoverão o retorno de 72 indígenas venezuelanos que desejarem voltar ao seu país de origem. A deliberação foi tomada em reunião realizada na sede da Sejusc, no Centro de Manaus, na manhã desta terça-feira (22) com representantes da Prefeitura Manaus, Ministério Público Federal, e entidades representativas e indígenas. 

Na data prevista serão disponibilizados dois ônibus, um custeado pelo Governo do Amazonas e o outro pela Prefeitura de Manas, que levarão os indígenas até o município de Pacaraima, fronteira com a cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén.   Durante a reunião, uma das preocupações levantadas pela secretária foi sobre as autorizações para que os indígenas consigam levar consigo os pertences que ganharam como doação aqui em Manaus. 

“Vamos conversar com o Consul da Venezuela para que ele dê uma autorização coletiva para eles adentrarem de volta ao seu país sem nenhum atropelo, sem nenhum constrangimento levando tudo que eles receberam de doações aqui. Muitos não têm documentação, ou porque perderam, foram roubados ou porque já entraram no país sem documentos. Outros já estão com o protocolo vencido. Eles têm medo de ficarem presos logo na entrada”, disse a secretária Graça Prola. 

Novas ações serão discutidas durante a próxima reunião da comissão para continuar analisando a situação da abordagem junto aos indígenas e não índios que continuam entrando no país em busca de alimentos e sustento, fugindo da crise econômica venezuelana.  Aspectos antropológicos, culturais dos povos indígenas, saúde e social continuarão sendo analisados para encontrar soluções que atendam a esse público. 

Indígenas

No último mês, um grupo de 117 indígenas, a maioria da etnia warao, migrou para Manaus, através de Boa Vista (RR) e se tornaram pedintes nos semáforos e ruas do Centro, recebendo dinheiro, roupas e alimentos. Um grupo de trabalho composto por 22 instituições públicas e da sociedade civil vem se mantendo atento à migração irregular de venezuelanos para Manaus.

Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real

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