Pais de alunos de colégio militar vão à ALEAM protestar contra transferências forçadas

Um grupo de 20 pessoas da Comissão de Pais de alunos da Escola Estadual Tenente Coronel Cândido José Mariano (Colégio Militar da Polícia Militar V) ocupou a galeria da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta quarta-feira, 24, para protestar contra a transferência dos alunos que atualmente estudam no Parque das Laranjeiras, Zona Centro Sul da Cidade, para outro espaço localizado no bairro Alvorada, na Zona Centro-Oeste de Manaus. A exigência da mudança de endereço é da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) e do comando da Polícia Militar do Amazonas.

A mudança do local de ensino se deveria à superlotação e à não renovação do aluguel de alguns blocos do prédio da CMPM V, localizado no bairro Parque das Laranjeiras. O documento de Capacidade de Designação (CPAD) da Seduc indica que existem 953 vagas disponíveis na escola do Parque das Laranjeiras, e que das 113 salas de aulas registradas no Sistema Integrado de Gestão Educacional do Amazonas (Sigeam), seis pela manhã e nove à tarde estão ociosas, ou seja, não estariam sendo utilizadas. Isso, segundo os pais, desconstroi a justificativa de superlotação dada para a transferência dos alunos.

Para Andrezza Castro, mãe de uma aluna com idade de 14 anos e que estuda no CMPM V, a medida imposta pela Seduc tem deixado pais e alunos apreensivos.  Segundo ela, a Secretaria falhou no controle de matrícula dos alunos e considerou, também, que a localização do prédio indicado pela pasta é insegura e de difícil acesso.

“Isso está afetando psicologicamente os alunos que estão sabendo dessa mudança. A maioria deles estão matriculados desde 2016 na escola e infelizmente fomos pegos de surpresa com essa situação. Porque matricularam tantos alunos novatos sabendo que não tinham salas e agora querem a mudança? O local que fica o novo prédio é perigoso e dominado pelo tráfico de drogas”, contou Andrezza.

Justificativas

Segundo a Comissão dos Pais, desde agosto de 2021, a Seduc e o Comando da PM estão exigindo a transferência dos alunos sob a alegação de superlotação da escola e da não renovação do contrato de aluguel dos blocos D e J do CMPM V. Tais estruturas eram pagas pelo Comando para abrigar a Escola de Formação de Oficiais (EFO) da PM, mas eram também usados para atender turmas da unidade escolar. Com a mudança da EFO para a sede do Comando, os blocos D e J ficaram sem cobertura contratual, o que revela a falta de planejamento por parte da pasta da educação e da direção da escola.

Seduc e PM não se manifestaram.

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